Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Monday 26 December 2011

Jesus Cristo é o Grande Presente de Deus à Humanidade

 
Jesus Cristo é o Grande Presente de Deus à Humanidade
O Natal está cada vez mais associado à idéia de feriado, presentes e festas; certamente isto é uma consequência do crescimento do comércio e enfraquecimento da fé. Embora não haja nenhuma ordenança bíblica no sentido de que comemoremos a data de nacimento de Jesus Cristo, e nem possamos saber exatamente o dia em que Jesus Cristo nasceu; no dia 25 de dezembro, a maioria dos cristãos do ocidente comemoram o Natal de Jesus Cristo. Ele e o maior presente que Deus já deu à humanidade.
Deus nos chamou à existência, nos deu uma família, nos dá alimento e saúde, nos dá inteligência e força para o trabalho, e, além de tudo isso, nos atende a oração. Contudo, o maior presenle que Deus nos dá é Jesus Cristo. Veja o que as Escrituras Sagradas dizem sobre isto: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

Foi por causa do seu imensurável amor que Deus nos deu Jesus Cristo. Mas, em que sentido Deus nos deu Jesus Cristo? No sentido de:
§   Enviar seu Filho unigênito (único Filho gerado de Deus - seu divino e eterno Filho) ao mundo e em forma humana – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. ... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” (João 1.1-3,14)
§   Permitir que seu eterno e divino Filho cnearnado morresse por causa dos nossos pecados – “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1.29)
Jesus Cristo e maior dádiva divina também porque com a sua vinda e morte por causa de nossos pecados, nós recebemos a "vida eterna". Isto significa que assim como Jesus ressuscitou, nos tambem, por meio dÊle:
§   Ressuscitamos espiritualmente; isto é, passamos a desfrutar de imediata e eterna comunhão com Deus – “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.” (João 17.3)
§   Ressuscitaremos fisicamente; istoé, ressuscitaremos fisicamente para nunca mais morrer – “Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

Apesar das dificuldades comuns, todo dia é feliz, para aqueles que reconheceram e receberam o grande presente de Deus em Cristo e por Cristo Jesus.

Saturday 26 November 2011

Não Incrédulos, Nem Crédulos; Mas, Crentes

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Por isto, cremos que ela não está sujeita aos equívocos a que outras quaisquer literaturas estão sujeitas, como: más-interpretações, dados equivocados, conselhos, estímulos e ensinamentos questionáveis.
Entretanto, a Bíblia não é um livro de ciência (como de biologia, física e outras), não é uma enciclopédia de história e geografia, e não é livro de filosofia. Mas, sendo a revelação e o ensino redentivo (salvador) de Deus ao homens, isto é, a Palavra de Deus, ela realmente deveria dar evidências disto, eximindo-se dos erros humanos; e isto ela faz. Seria possível e fácil colocar a Bíblia em descrédito; se de fato fosse possível demonstrar que ela apresenta erros. Assim, para que confiemos plenamente no que a Bíblia nos diz sobre a redenção (salvação), Deus preservou a sua Palavra Escrita de lapsos, até em outros aspectos (como históricos, geográficos etc).

Os autores dos livros da Bíblia, embora não possuissem os atuais recursos da ciência, embora tivessem formação profissional e acadêmica variadas, e escrevessem de acordo com suas próprias características e habilidades, foram conduzidos por Deus no registro das Escrituras Sagradas, isto é pelo Espirito Santo; e assim as Escrituras ficaram guardadas dos enganos do homem (1 Pedro 1.16-21)
Portanto, em matéria de religião, tomamos a Bíblia como nossa norma de fé e prática. Não devemos acreditar em tudo que provém da religião, e até mesmo de círculos identificados como cristãos. Um crente maduro (não incrédulo, nem crédulo) não acompanha movimentos de milagres, e de "revelações". Ao contrário, procura conhecer cada vez melhor a Bíblia, e por ela se orienta.

Além da evidência da ausência de erros autorais, os milagres que constam da própria Bíblia, são suficientes para nos convencer de que ela é a Palavra de Deus (Jo 20.30-31). A fé cristã não é produzida pela observação de milagres; mas, pelo ouvir a pregação da Palavra de Deus (Romanos 10.13-17). Jesus também ensinou que quem não crê mediante a Bíblia, tão pouco crerá, se puder ver um grande milagre (Lucas 16.31). A única revelação que realmente nos importa conhecer, crer e obedecer é a Bíblia, pois é a única pela qual,com certeza, os atos humanos são julgados (João 12.48). Por fim, somos advertidos de que pessoas podem se enganar e ser enganadas por milagres (Mateus 7.22-23) e revelações (Gálatas 1.8-9), que estão além (fora) da Bíblia.

A resposta que João Calvino deu, quando os opositores da Reforma lhe pediram sinais miraculosos para a confirmação de sua doutrina, foi que esta doutrina possuía o respaldo da Bíblia, que por sua vez, já estava suficientemente respaldada por milagres. E, devemos acrescentar, por sua unidade (ausência de contradições), profecias cumpridas e a ausência dos erros humanos.

Se não mais temos visto um mar se abrindo, descer fogo do céu, alguém andar sobre águas, multiplicação de pães e peixes, isto não significa que tais coisas não aconteceram. Mas, siginifica que o processo de composição da Palavra de Deus (Bíblia), que foi acompanhado destes sinais miraculosos, foi finalmente concluído (Hebreus 1.1-2; 2.1-4).

A igreja deve orar pelos enfermos, na expectativa de cura, não para promover milagres e estimular ou produzir a fé. Já mencionamos que a genuína fé cristã somente é produzida pela própria Palavra de Deus. Entretanto, a igreja ora pelos enfermos para buscar, em Deus, conforto e alívio para os que sofrem. Uma igreja fiel não pode honestamente afirmar que é capaz reproduzir qualquer milagre da Bíblia, e nem garantir a cura de qualquer pessoa enferma. Muito menos, poderia fazer tais declarações com o objetivo de atrair a atenção das pessoas. Uma fiel igreja prega, ensina a Palavra de Deus que é totalmente apta para promover a salvação, ensinar, corrigir educar, e aperfeiçoar o crente (2 Timóteo 3.14-17).

Sunday 20 November 2011

Devemos Confiar na Bíblia (parte 2)?

No último artigo procuramos mostrar que as suspeitas de que não temos preservados os escritos bíblicos em sua originalidade não têm fundamento. Da mesma forma, procuramos mostrar que os escritos bíblicos se apresentam a nós, não como lendas; mas, como registros de fatos, ainda que não no conceito contemporâneo e ocidental de História.

Os registros históricos e geográficos da Bíblia são fiéis.  Embora Israel e Judá nunca tenham sido potências mundiais, nem mesmo no periodo de Davi e Salomão; e, por consequência, seus grandes nomes (de pessoas e lugares) nunca tiveram a fama dos que estiveram ligados às grandes potências; a Arqueologia tem provido inúmeros e valiosos testemunhos aos registros do Antigo Testamento. Até pouco mais de um século atrás se poderia dizer que não havia evidência extra-bíblica quanto ao rei Sargão, ao povo hitita, aos patriarcas (Abraão Isaque e Jacó), ao rei Davi, e a Beltesazar rei de Babilônia. Porém, hoje isso seria absolutamente impossível.
O Cristianismo, a partir do início do quarto século se tornou a religião do Império Romano. Mas, sua história começa em uma pequena e pobre província do Império. Os fatos relacionados a Jesus Cristo não se deram em Roma, “o centro do mundo”, mas em algumas pequenas cidades da Palestina, e em Jerusalém. Embora o próprio Novo Testamento deva ser tomado como a principal e fiel fonte de conhecimento sobre Jesus; também neste campo de estudos da Bíblia, a Arqueologia testemunha a confiabilidade do Novo Testamento. O modo como o NT se refere à cultura, religião, política, geografia e história está em extraordinário acordo com a reconstituição arqueológica possível. Embora somente nos escritos do NT tenhamos preservados o ensino e obra de Jesus, não faltam testemunhos de sua historicidade em literatura extra-bíblica: em escritos judaicos como o Talmude Babilônico e no historiador Josefo; e nos escritores romanos de Plínio, Tácito e Luciano.
Embora haja abundantes testemunhos históricos e arqueológicos em favor da exatidão dos registros da Bíblia, há quem a aborde com suspeitas, por seus registros de milagres. Mas, os registros de milagres são consistentes com a natureza da Bíblia, que se apresenta como a revelação de Deus. Por exemplo, quanto às predições bíblicas que já tiveram cumprimento, elas são uma evidência de que realmente Deus estava falando por meio de seus profetas (Isaías 44.6-8). Os milagres que foram registrados na Bíblia, assim foram para que a tomemos como Palavra de Deus, e crendo sejamos reconciliados com Deus, por meio de Jesus Cristo (João 20.30-31).

A grandeza conteúdo da Bíblia (quando trata da perfeição de Deus, da vontade e da Lei de Deus, e ao tratar do modo e fim para o qual Deus criou o homem), sua consistência que se revela na ausência de reconhecidas contradições, e sua unidade que se mostra no seu progressivo edifício doutrinário de Gênesis a Apocalipse, são evidências de que ela é o que diz ser – a Palavra de Deus

O recíproco testemunho entre a Bíblia – a fiel Palavra de Deus e Cristo Jesus – o centro das Bíblia, o eterno Deus Filho, que morreu, mas ressuscitou para nossa justificação (Romanos 4.25); é outra decisiva razão para que confiemos na Bíblia (João 5.39).

Sunday 13 November 2011

Devemos Confiar na Bíblia ?

A Igreja Cristã fundamenta suas doutrinas e práticas na Bíblia (Escritura Sagrada). Consequentemente, surge uma pergunta: Porque limitar nossas crenças sobre Deus e seu relacionamento com os homens à Bíblia? A primeira razão é o fato da Bíblia se apresentar como a Palavra de Deus (2 Pe 1.20-21). Cremos que a Bíblia é o que ela mesma diz ser. Contudo, esta não é uma convicção somente subjetiva. Não subestimamos a convicção subjetiva, principalmente, porque, conforme a própria Bíblia, ela é produzida diretamente por Deus (1Co 2.12). Contudo, há também fundamentos objetivos para esta convicção. Apresentaremos alguns destes fundamentos, a partir de algumas perguntas.

O que Lemos na Bíblia é Realmente o que Foi Escrito Originalmente?

Há quem duvide de que o conteúdo original da Bíblia foi fielmente preservado. Porém não existe motivo para tal dúvida. Embora reconheçamos que o processo de reprodução de manuscritos não fosse infalível; a correção de erros, sempre foi, e continua sendo possível, pela comparação de cópias "sobreviventes". Há uma ciência chamada Crítica Textual que se dedica à restauração e, ou, atestação da fidelidade de textos antigos. Se podemos acreditar que temos hoje preservada qualquer literatura antiga, então, com muito mais certeza podemos confiar em que os escritos bíblicos foram conservados. Por exemplo, o NT possui cerca de 5500 manuscritos gregos, entre completos e fragmentos; 13000 manuscritos de versões e milhares de citações dos Pais da Igreja. Alguns destes manuscritos recuam até o IV, III e II século da era cristã. Este acervo é monumental, comparado ao de qualquer outra literatura antiga. Observe os clássicos gregos e latinos: A cópia mais antiga que existe de Eurípedes foi feita 1600 anos após sua morte. No caso de Sófocles, o intervalo é de 1400 anos, o mesmo acontecendo com Ésquilo e Tucídedes. Quanto a Platão, o intervalo não é menor: encontra-se ao redor dos 1300 anos. Enquanto para Catulo o intervalo é de 1600 anos e para Lucrécio de mil anos; para Tércio e Lívio reduzem-se para 700 e 500 anos respectivamente. Só Virgílio se aproxima do Novo Testamento em antiguidade, pois há uma cópia completa de suas obras que pertence ao século IV, sendo que o autor faleceu no ano 8 ac.

O que Foi Escrito na Bíblia é Confiável?

Alguns críticos da Bíblia dizem, por exemplo que os evangelhos não são fiéis biografias de Jesus Cristo. Em primeiro lugar é bom lembrar que os evangelhos não são biografias, no sentido moderno. Os evangelhos são uma seletiva história da vida e obra redentiva de Jesus Cristo. Os evangelhos não são lendas sobre Jesus; pois, entre Jesus e a composição dos evangelhos, nem houve tempo suficiente para que se formasse uma lenda. Entretanto, os Evangelhos se nos apresentam como fiéis relatos em cumprimento das promessas do Antigo Testamento (Mt 1.22;2.5 e outras que se seguem), como produzidos por testemunho ocular (Jo 1.14;19.35;21.24), e por sério trabalho de pesquisa e verificação dos fatos (Lc 1.1-4). Considerando a infame hipótese de que os apóstolos e discípulos forjaram, especialmente a idéia da ressurreição de Jesus, pensemos: seria possível que alguém morresse afirmando ser verdadeiro, aquilo que forjou? Então, consideremos também que todos os apóstolos, exceto João (que passou seus últimos anos exilado), e centenas de discípulos foram mortos exclusivamente por sustentar o que os evangelhos dizem sobre Jesus.

Sim, podemos confiar em que a Bíblia é o registro histórico, intencionado e coordenado por Deus, da História e Doutrina da Redenção do homem e da criação.

Saturday 5 November 2011

O Caráter Sagrado do Culto

O que motiva alguns evangélicos hoje à distinção e identificação como “reformados”, não no sentido denominacional propriamente, mas no sentido histórico e teológico da palavra? Não é principalmente a insatisfação com o modelo de culto, segundo a arte, imaginação e desejos humanos que já está amplamente estabelecido também no evangelicalismo contemporâneo, “um filho rebelde” da Reforma Protestante ocorrida na Igreja no Século XVI? Esta tendência dominante no culto vem enfraquecendo a igreja doutrinariamente, e também conduzindo a uma atitude de negligência para com a disciplina eclesiástica. Não é também a confiança na Escritura Sagrada como a infalível Palavra de Deus, que nos impele para uma vida particular, familar e eclesiástica que reflita a autoridade da Palavra de Deus na obediência ou no arrependimento dos nossos pecados? Sim, somente motivos como estes podem nos impelir à escolha do “caminho mais estreito” da reforma, ao invés do “caminho mais largo da conformação”.

Entendemos que o culto é central na vida do povo de Deus. Não foi sem propósito que Deus ao ordenar a construção de um tabernáculo móvel, que seria o sinal visível de sua presença invisível entre o povo de Israel (Êxodo 25.8), ordenou que ele fosse colocado exatamente no meio, entre as tendas da famílias e tribos da nação. Era ali, na “tenda de Deus”, quem condescendeu em andar com seu povo peregrino, que as famílias de Israel, deixando suas próprias tendas, vinham encontra-se com seu Deus, o qual lhes falava, mediante o profeta Moisés, e os ouvia mediante o sacerdote Arão. Entretanto, absolutamente imprescindível, para que Deus continuasse habitando no meio de Israel, era necessário que Israel cultuasse a Deus, trazendo ao altar em frente à “tenda de Deus”, as primícias do rebanho para serem sacrificadas, tendo o seu sangue ali derramado, numa pungente figura do único “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – Jesus Cristo (Jo 1.29).

Todo acampamento de Israel era sagrado, porque era o povo de Deus, mas a tenda no meio do acampamento era mais sagrada, porque era o “tabernáculo de Deus”. O culto ali prestado, deveria seguir as prescrições dadas por Deus, por meio de Moisés. Nada poderia ser omitido e nada acrescentado. Uma deliberação, não ordenada por Deus, resultou na morte imediata dos dois primeiros filhos de Arão ordenados ao sacerdócio, para impressionar Israel com a santidade lugar do encontro de Deus com o seu povo, o Culto (Lv 10). 

O tabernáculo era sagrado, não por haver recebido qualquer emanação divina em sua estrutura, cobertura ou utensilhos, mas simplemente por seu propósito: ser um sinal visível da invisível real presença de Deus, e consequentemente ser o “local” do encontro de Deus com o seu povo. O tabernáculo era sagrado e tão rigorosamente protegido contra as invenções humanas porque era o lugar onde Deus falava com seu povo pelo profeta, e ouvia as orações do seu povo através do sacerdote, onde Deus mostrava, não somente para Moisés, mas a todo o povo de Israel a glória da sua bondade em misericórdia, e Israel em gratidão oferecia-se a Deus.

O Culto no tabernáculo era complexo porque era tipológico e didático, o culto no novo testamento é simples porque é a realidade tipificada no tabernáculo (João 4.19-24). A complexidade do culto vetero-testamentário pode ser vista na forma como o tabernáculo foi construído e mobiliado, nas várias e minuciosas regras do culto, na centralidade e paramentos sacerdotais.  O culto neo-testamentário é muito simples: Deus fala na leitura e pregação de sua Palavra e a igreja corresponde nas orações, cânticos, sacramentos (batismo e santa ceia) e ofertas (At 2.42-47). O culto neo-testamentário não precisa de um lugar especial com aparência de templo, não precisa de roupas especiais (mas devem ser “modestas e descentes”).

É por isto que o culto precisa ser protegido contra todas as invenções humanas que podem até ser inspiradas por Satanás; porque é no culto que Deus se encontra com seu povo para lhe falar e ouvir. As invenções adicionadas ao culto cristão, durante a Idade Média, tornaram oportuna e necessária a Reforma do Século XVI. As invenções de hoje também já têm clamado ou por uma profunda reforma.

Quem é o Seu Jesus?

Esta pergunta soa de forma estranha, mas faz sentido. Jesus é muito famoso, porém, pouco conhecido. Para muitos ele é o obediente filho de uma mãe muito ativa, quase divina. Para outros, ele é como se fosse um deus da cura e da solução de todos problemas, que age por meio de uns poucos comissionados. Para outros, ele é uma encarnação do bem cósmico, ou de um espírito evoluído.

Apresentar Jesus a todos os povos e em todos os tempos é o próprio objetivo da Bíblia. A revelação e o testemunho escrito a respeito de Jesus constituem o grande propósito da Bíblia. O Antigo Testamento é a promessa da vinda de Jesus Cristo e o Novo Testamento é o testemunho do cumprimento daquela promessa. Portanto, a Bíblia é a fonte primária de conhecimento sobre Jesus Cristo. É basicamente como se segue, que a Bíblia apresenta a Jesus.

Jesus é um ser singular. Primeiramente, porque Ele é Deus, e Deus é um ser único (Deuteronômio 4.9), embora inseparavelmente constituído em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mateus 28.19). Mas, a singularidade de Jesus também procede do fato de que ele é tão verdadeiramente Deus, quanto é verdadeiramente homem (João 1.1-3, 14). Apesar do fato de ser verdadeiramente homem, Jesus não pode ser considerado ao nível de qualquer criatura. Ele é infinitamente superior a todos (Filipenses 2.5-11), sejam os Anjos, Abraão, ou Moisés. O Novo Testamente nem sequer cogita a comparação entre Jesus e qualquer dos apóstolos, ou entre Jesus e sua mãe. Só Jesus é Deus (não porque um homem alcançou a divindade, mas porque Deus, o Filho, se fêz homem), e ao assumir a natureza humana, a natureza divina de Jesus não sofreu nenhuma perda (Colossenses 2.8-9).

O Eterno Filho de Deus, Jesus, assumiu a natureza humana para ser o Redentor (libertador-salvador) de um povo procedente de todas as nações da Terra (Apocalipse 5.8-10)*. Este povo é, por Jesus, Deus-Filho, trazido à eterna paz e comunhão com o único e trino Deus. Como Redentor Jesus alcançou para este povo: a purificação dos pecados (Apocalipse 7.9-14); a vontade e habilidade para servir a Deus (Apocalipse 7.15); o cuidado da ilimitada e eterna bondade de Deus (Apocalipse 7.16-17).
* O “Cordeiro” nesta e nas seguintes passagens de Apocalipse significa Jesus Cristo.

Saturday 15 October 2011

Dois Diferentes Legados de Steve Jobs

Dou graças a Deus pelo legado tecnológico de Steve Jobs; sou um dos muitos beneficiários de suas idéias geniais. Ele é respeitado em todo mundo por suas extraordinárias idéias aplicadas à ciência da computação. Porém, antes de manifestar minha pessoal  admiração e gratidão por Steve Jobs, manifesto minha gratidão a Deus por sua infinita sabedoria revelada na criação “dos céus e da terra” e na criação do homem, à “sua imagem e semelhança”. Endosso a afirmação de que as criações do homem são o reflexo dos pensamentos e idéias de Deus. E, se alguém discordar apontando para as más idéias dos homens, diria que mesmo estas são antes pensamentos e idéias de Deus, e que as más idéias e criações dos homens são pensamentos e idéias que Deus odeia eternamente, e que as boas idéias e criações dos homens são o resultado dos pensamentos e idéias de Deus, pensamentos e idéias em que Ele tem prazer.

Entretanto, não posso ignorar o legado espiritual de Steve Jobs que se torna evidente em sua mensagem aos formandos da Stanford University, no ano de 2005. Quem ouviu ou leu o discurso de Jobs, tão divulgado após a sua recente morte, percebeu que, como a grande maioria dos homens e mulheres de hoje, louvados por sua inteligência e sucesso, ele não deu “graças a Deus” em nenhuma das muitas oportunidades que teve para fazê-lo no relato de sua vida, desde o nascimento até ao momento do discurso em que declarou confiar que estava bem em relação ao cancer que ameaçava a sua vida. Neste ponto do discurso ele se manifestou grato, mas, não a alguem especificamente. Steve Jobs mencionou somente uma vez o nome “Deus”; e quando o fêz, o igualou ao destino, a vida, carma ou qualquer outra coisa.

O discurso de Jobs, baseado em sua vida e carreira de grande sucesso, na qual perdas foram transformadas em lucros, e sua ênfase na importância de trabalhar com ou por amor, foi sem dúvida muito inspirativo e motivador para os jovens formandos, e para qualquer um que o ouvir depois.

Entretanto, em sua relutância em dar “graças a Deus”, na última parte de seu discurso, Jobs mostrou-se agradecido à morte. Jobs revelou seu respeito pela morte, desde a juventude, quando leu algo como: se você viver cada dia como se este fosse o seu último, um dia certamente você estará certo. Jobs disse que a partir de então todos os dias pela manhã se perguntava: se hoje for o meu último dia, o que eu gostaria de fazer ou o que eu vou fazer hoje? Jobs indicou que a certeza e a possível iminência da morte tornaram-se em sua maior motivação para “fazer”. Em seu discurso, Jobs até elogia a morte como a “melhor invenção da vida”, o para “limpar” o mundo do velho e trazer o novo.

Steve Jobs muito cedo reconheceu que não podia contra o poder da morte, então fez dela sua aliada. Em sua relutância em cultuar a Deus, Jobs cultuou a morte, mas foi um homem bem sucedido. Contudo, já foi, e precocemente, vencido pela morte.  

Sejamos realistas, a morte não é fonte de inspiração para ninguem, a vida sim. Sempre desejamos viver mais, seja um dia, um ano, dez anos a mais. Mesmo que tenha vergonha de confessar, por parecer muito religioso, todo homem, inclusive o homem contemporâneo, deseja a vida eterna (Eclesiastes 3.11). A preservação, melhoria e extensão da vida são a motivação do avanço da ciência que, pela “graça de Deus”, tem alcançado significativos progressos. Entretanto, a falta de sentido e propósito na vida associada à certeza e iminência da morte é certamente a principal causa do incontrolável crescimento de suicídios entre jovens, inclusive nas sociedades economicamente mais prósperas.

A Bíblia, a Palavra de Deus ao homens, nos apresenta uma singular pespectiva da morte que nos livra tanto do temor, quanto de uma espécie de aliança ou acomodação à morte. Em primeiro lugar, na Bíblia, observamos que a morte se opõe ou contraria Deus, pois Deus é vida (Salmos 42.1-2); Ele é o autor e a fonte da vida (Gênesis 1; João 1.1-4).

A morte é a consequência do pecado (Gênesis 2.16-17; Romanos 5.12; 6.23a) que, uma vez consumado, é a consequência do desejar e amar o que Deus odeia.

Deus ama a vida; por isso Ele proibiu matar (Êxodo 20.13), e proibiu homem de odiar ou ofender o semelhante (Mateus 5.21-24). Deus não ama nem a morte do ímpio (Ezequiel 18.23,32). Deus tanto odeia a morte do homem que morreu em lugar do pecador, isto é, entregou o seu unigênito Filho para morrer em lugar do pecador e dar-lhe a vida eterna (João 3.16).

O apóstolo Paulo nunca “viu a morte com bons olhos”; a única vêz em que ele parece se conformar com a morte foi quando a citou como um meio para estar imediatamente com Cristo. Porém, mesmo assim, Paulo preferiu continuar no trabalho e na luta pela Igreja de Cristo (Filipenses 1.19-24).

Paulo também fala da morte como um inimigo vencido por Cristo Jesus que morreu por causa de nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação e reconciliação com Deus (Romanos 4.24-5.1). Entretanto, esta vitória de Jesus Cristo sobre a morte em sua própria ressurreição é somente o decisivo começo da vitória final e retumbante, no esperado dia em todos os que confiaram em Deus como o autor e regenerador da vida ressuscitarão em seus corpos imortais (1 Coríntios 15.20-26, 50-58). A morte enterra o velho, e também o jovem, mas não traz nada de novo. Somente Deus, com seu ilimitado poder criativo renova a terra e regenera o que já está morto.

Entre todos os homens incansáveis, perseverantes e bem-sucedidos, ninguém poderia negar que o apóstolo Paulo é um campeão. Contudo, nunca foi a certeza e a constante possível iminência da morte a sua maior motivação, mas a certeza da vida (1 Coríntios 15.58).

A moda hoje, especialmente, entre os “poderosos” e famosos é negar a Deus. Porém, a negação de Deus submete o homem ao triunfo da morte. Entretanto, a fé no Deus vivo, cheio de amor, revelado perfeitamente em Jesus Cristo, nos faz ver a morte como um poder vencido e antecipar o gozo da vida ressurreta, enquanto vivemos e trabalhamos para a glória de Deus. Conforme um trecho da Carta de paulo aos Efésios: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2.4-10).

Sunday 2 October 2011

Despenseiros da Multiforme Graça de Deus

Nesta última quarta-feira, como regularmente acontece, alguns homens de nossa congregação se reuniram para conversar sobre o reino de Deus. Nossa conversa nos fez sentir “saudades” de uma igreja que talvez nunca tenhamos conhecido pessoalmente, mas somente lido sobre ela na Bíblia, na História das Missões ou de um legítimo avivamento – não se trata de uma igreja perfeita, mas uma igreja vibrando (tremendo) pelo poder do Espírito Santo recentemente recebido, ou vivendo o “primeiro amor da nova vida em Jesus Cristo.

Tal conversa certamente revela ou desperta uma esperança; porém, especialmente se já acumulamos alguns anos de vida, logo vem uma frustração – por que não temos visto em nossa vida, viagens e mudanças uma igreja como aquelas? Por que não vemos mais crentes como aqueles ou, mais importante, não conseguimos ser crentes como aqueles – os primeiros da Judéia, da Ásia etc?

Por que as igrejas não crescem mais como a de Jerusalém cresceu em seus primeiros dias, conforme lemos em Atos 2.42-47, isto é, em consequência de perseverarem “na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações (42), suprirem as necessidades uns dos outros (44), se reunirem para cultuar a Deus e viverem com “alegria e singeleza de coração” (46).

Poque a Igreja não está crescendo pela inclusão de salvos através do Evangelho? Ao contrário, as igrejas médias e pequenas estão diminuindo e desaparecendo pela transferência de seus membros para algumas megaigrejas impessoais, caracterizadas por seus confortáveis e bem equipados edifícios, uma variada programação religiosa adaptada às diferentes faixas etárias, aos gostos prevalecentes de gerações que se sucedem, e sempre reproduzindo os modismos religiosos.

Nosso Deus e Salvador é o mesmo e sua obra redentiva continua acontecendo na Terra. Entretanto, onde estão os crentes e as igrejas vibrantes pelo poder do Espírito Santo que receberam da parte de Deus Pai, pela meidação do Filho, o Senhor Jesus Cristo?

Parece que a principal diferença entre a presença de Deus ou do Espírito Santo no meio do povo de Deus, comparando-se o Antigo Testamento (especialmente a Igreja em Israel) e o Novo Testamento (a Igreja entre todos os povos) é a plenitude com que o Espírito se manifesta em toda a igreja. O apóstolo Pedro, ao explicar o que acontecia no memorável Dia Pentecostes após a ressurreição e ascensão de Jesus, disse: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.”

De modo diferente da Igreja de Israel, na Igreja da Nova Aliança, o Espírito Santo não mais se manifesta em grande medida somente em alguns poucos dentre o povo de Deus, como nos sacerdotes, reis e principlamente profetas do Antigo Testamento. Hoje, depois do cumprimento da promessa do derramamento do Espírito Santo para inauguração da igreja da Nova Aliança, todos os crentes ou todos os membros da Igreja são sacerdotes, reis e profetas. Todos os crentes foram “batizados em um corpo” (o corpo de Cristo ou a igreja de Cristo), e a todos os crentes “foi dado beber de um só Espirito” (1 Coríntios 12.13).

Na Igreja da Nova Aliança, nenhum crente por causa do ofício que desempenha ou dom que exerce na igreja é mais “cheio do Espírito Santo” do que outros, como acontecia na Igreja da Antiga Aliança. Hoje como membros de um único corpo cuja cabeça é o Senhor Jesus Cristo, a todos ou a cada crente “foi dado beber de um só Espírito”, cada um dos crentes pode e deve ser “cheio do Espírito Santo” (Efésios 5.18).

Porém, de modo diferente da Igreja da Antiga Aliança, na Igreja da Nova Aliança não é em um ídivíduo somente e idealmente que a plenitude do Espirito Santo se manifesta, mas na igreja ou congregação. A vida congregacional na plenitude do poder do Espírito Santo é a maior evidência de que Deus está ativamente realizando a sua obra redentiva, salvando pecadores e colcocando-os em comunhão com consigo mesmo  e, consequentemente, em comunhão uns com os outros.
O “fruto do Espírito” (Gálatas 5.22-23) manifesta e desenvolve em nós o caráter santo que em sua essência e orígem é de Deus. O “fruto do Espírito, em sua completude, é para cada crente individualmente. Todo crente deve frutificar em “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.
Contudo, o ilimitado poder redentivo de Deus se manifesta também na distribuição dos “dons do Espírito”. Os “dons do Espírito” são manifestações ou realizações do Espírito Santo derramado em profusão sobre a Igreja, para habilitar cada crente a servir ao Senhor e Cabeça da Igreja – Jesus Cristo, e aos conservos em Cristo e membros da Igreja (1 Coríntios 12.4-7; 14.12).
Individualmente devemos nos parecer com Deus na santidade, mas nunca nos pareceremos com Ele em seu ilimitado poder; por isso, o fruto do Espírito em sua completude é para todo e cada crente individualmente. Porém, para manifestar o seu infinito poder redentivo, Deus distribui o poder do Epírito Santo em uma grande variedade de dons, distribuindo-os a cada crente, conforme a função de cada um na Igreja, o “corpo de Cristo” (1 Coríntios 12.12-31).
Deus criou o homem perfeito, mas, ao mesmo tempo, dependente de Deus e necessitado da companhia de alguém semelhente a ele; por isso, Deus, após haver criado o homem, também criou a mulher (Gênesis 2.18). Ao regenerar os pecadores, em Cristo, Deus também imediatamente lhes provê a companhia dos santos, a Igreja. E, na Igreja, Deus mantêm o homem dependente do seu Criador e Redentor e necessitado da companhia de seus irmãos em Cristo Jesus, distribuindo vários “dons espirituais”, conforme a função de cada membro do corpo de Cristo.
Sim, Deus manifesta seu infinito poder redentivo na Igreja cheia do Espírito Santo que concede o mesmo ou único “fruto do Espírito” a cada crente, e distribui os diferentes “dons do Espirito” a cada crente conforme sua função no Corpo.
O apóstolo Pedro enfatiza o gracioso poder redentivo de Deus na distribuição dos dons espirituais: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4.10). Na Igreja, somente a Cabeça (Jesus Cristo) tem a honra especial, e cada membro tem a mesma honra de servo de Jesus Cristo. Contudo, quando os dons do Espírito se manifestam de forma harmoniosa, promovendo o crescimento do Corpo, é o gracioso e infinito poder redentivo de Deus que se manifesta, para a exclusiva glória de Deus, como a única fonte inesgotável de todo o poder, conhecimento e bondade.
 Entretanto, não estaria o crescente senso de auto-suficência e individualismo tão característico de nossa era desafiando e dificultando nossa vida como igreja? A conformação ao mundo, especialmente em nossa presente era, nos faz sentir auto-suficientes e ser individualistas. A vida na Igreja de Cristo exige que reconheçamos nossa absoluta dependência de Deus e necessidade dos irmãos em Cristo.
Estamos contentes com os “dons espirituais” que recebemos soberana e graciosamente da parte de Deus? Estamos contentes com os dons espirituais que individualmente cada irmão recebeu? Estamos também contentes em saber que, os “dons espirituais” que nos faltam e também faltam a qualquer irmão, estão presentes em algum outro  irmão, na congregação? Deus assim ordenou a Igreja dos seus redimidos para que jamais nos gloriemos em nós mesmos, mas em Deus somente, e também honremos nossos irmãos como instrumentos de Deus no suprimento de nossas necessidades.
Como Igreja, devemos estimular cada um de seus membros a produzir abundantemente o “fruto do Espírito”, e a conhecer e exercer cada um o seu próprio “dom espiritual”, concedido conforme a sua função no Corpo e para o bem de todos os membros do Corpo.
Se enterdermos e nos conformarmos, não ao mundo, mas ao propósito de Deus para a sua Igreja quanto ao profuso derramento do Espírito Santo, certamente veremos uma Igreja tremendo, vibrando e se movendo pelo ilimitado poder de Deus.

A Familia e o Futuro

É verdade que o mundo e a vida mudaram muito e rapidamente no século XX, especialmente em sua última metade. O automóvel, o avião e a televisão já parecem símbolos de nossa “pré-história contemporânea”. Porém, quanto mais avançamos, mais sozinhos também estamos ficando. Pense nas fábricas, ou nos bancos, eles já estiveram cheios de gente trabalhando, hoje eles estão funcionando quase sem gente. Onde estão as pessoas? Há muita gente andando pelas ruas das grandes cidades, mas toda essa gente é como se fosse um gigantesco formigueiro; as pessoas estão andando apressadamente, sem poder parar.

Nas ruas dos bairros, se vê pouca gente interagindo minimamente. Muitas pessoas estão nos grandes shoppings, entre pessoas que raramente se verão novamente. Outras pessoas podem estar em suas casas. Entretanto, também em casa as pessoas estão vivendo individualmente. Em muitas casas, a única hora em que todos os que alí moram estão sob o mesmo teto é a hora em que estão dormindo. Já não há mais, pelo menos, uma refeição conjunta. A TV pode até manter alguns na mesma sala por um tempo, mas nunca colocando um em frente ao outro e dialogando. Os Notebooks, Smartphones e Tablets fazem com que cada indivíduo se sinta “completo” e “auto-suficiente”.

Nem as famílias estão mais funcionando como famílias, por isso os “aglomerados” de pessoas não constituem mais comunidades. A família, entretanto, é o lugar onde a sociedade começa e é mais real, é onde a interação social é mais prática. É na família que se aprende a viver em sociedade: a amar o próximo (vizinho), a nação, e até o estrangeiro.

Não é o avanço tecnológico que ameaça o nosso futuro, é a nossa falha em reconhecer o valor, e nossa incapacidade de priorizar a família. Se vamos pensar hoje nas futuras gerações não podemos somente poupar recursos naturais e e evitar a poluição ambiental; precisamos salvar a família, conforme Deus a instituiu na Criação e a tem ordenado nesta era de Redenção.

A Palavra de Deus (Bíblia) tem muito a nos dizer sobre a salvação da família e das nações. Veja por exemplo:

Salmo 128 “Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. De Sião o Senhor te abençoará; verás a prosperidade de Jerusalém por todos os dias da tua vida, e verás os filhos de teus filhos. A paz seja sobre Israel.”
Atos 2.37-40 “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar. E com muitas outras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa.”

Saturday 20 August 2011

Peregrinos Não Temem Crises Econômicas

Um brasileiro que deixou o Brasil e veio para a América do Norte nestes 10 últimos anos pode se sentir fadado a ouvir e viver no clima da recessão ou crise econômica. Afinal, deixamos o Brasil, mas a nuvem escura da recessão veio conosco. É muito bom ouvir as boas notícias da prosperidade econômica do Brasil. Além disso, não nos inquietamos com os rumores de uma segunda crise na América do Norte e Europa; pois nossa confiança e alegria não está na instabilidade do poder do homem e das nações, mas na glória da habitação de Deus, o poderoso Criador do Céu e da Terra e único Redentor da humanidade por meio de seu Filho Unigênito, Jesus Cristo. Por meio do Espírito Santo, Deus habita conosco e “caminha” conosco em nossa peregrinação até o estabelecimento final de nossa pátria celestial ou o reino dos céus, em Novos Céus e Nova Terra. Não nos incomodamos com a nuvem da crise econômica, pois a habitação de Deus conosco hoje é, como foi para Israel no deserto, um escudo contra o sol escaldante no deserto e um luzeiro na escuridão da noite (Ex 25.8; 33.12-23; 40.34-38).

Abraão foi um peregrino muito bem sucedido. Obedecendo o chamado de Deus, ele deixou a próspera região da Mesopotâmia e peregrinou na obscura terra de Canaã. Porém, vivendo pela fé (Gn 15.6), de forma exemplar (Rm 4.9-12), Abraão foi um vitorioso peregrino (Gn 25.7-8; Hb 11.8-19). Pena, que seus descendentes, alguns séculos depois, também peregrinaram no deserto, não por obediência, nem pela fé (Hb 3.12-19). Toda aquela geração desobediente e incrédula morreu no deserto. Moisés, apesar de sua avançada idade, também não entrou na “terra prometida”, mas a viu do Monte Nebo (Dt 3.23-29; 32.48-52). Moisés não entrou na terra prometida, não porque fosse um desobediente contumaz e incrédulo, mas para se tornar um grande exemplo da importância da atitude de obediência estrita dos que são colocados por Deus em posição de liderança e da prevalência da soberania de Deus em nossas orações. Porém, dois dos que literalmente saíram do Egito, entraram na “terra prometida”: Josué e Calebe, esta foi uma exemplar recompensa por sua fé e obediência (Nm 14.1-9, 20-31).

Outro exemplar peregrino foi o apóstolo Paulo, que certamente jamais possuiu as riquezas que Abraão deixou ao seu descendente Isaque, mas foi o mais próspero plantador de igrejas da história. Ele aprendeu o que todo servo de Deus precisa aprender para que sirva a Deus com alegria em toda e qualquer situação – a absoluta confiança em Deus (Fp 4.10-13).

Há aproximadamente 3 anos, no começo da última crise econômica mundial, compartilhei nossa congregação através de um boltim a seguinte mensagem, que serve tanto para os momentos de crise quanto de prosperidade, especialmente para aqueles, homens e mulheres de fé, que neste mundo (nesta presente ordem) se sentem como “peregrinos e estrangeiros” (Hb 11.13).

O que deve caracterizar nosso estilo de vida economizar ou gastar? Devemos fazer as duas coisas.

Devemos economizar:
§  Na compra de roupas que vão tornar nosso guarda-roupa pequeno, de alimentos que irão para o lixo antes que possamos comê-los, e de produtos que ficarão ociosos em nossa garagem (1 Co 7.29-31).
§  Na exagerada ingestão de alimento que vai tornar difícil nossa digestão e causar problemas de sáude, tornando necessário mais gastos com remédios (Pv 25.16).
§  No consumo de energia industrializada, tanto a não renovável quanto a renovável, pois sua aquisição não é barata; devemos economizá-la, tanto para nós quanto para outros (Jo 6.11-12).
§  O sono e lazer são muito importantes, se os desfrutamos dentro da medida apropriada a cada pessoa, de acordo com caracteres biológicos e etários, e com o tipo de atividade profissional. Porém, em excesso, o sono e o lazer empobrecem (Pv 6.6-11).
§  O pessimismo – como o pessimismo é somente o oposto do otimismo, não tem nenhuma relação com a prudência, este deve ser reduzido a zero. Pessimismo é consequência da falta do conhecimento de Deus e da confiança em sua Palavra (Gn 17.1; 18.11-14).

Devemos gastar:
§  Confiança em Deus, não no homem (em nós mesmos, no gênero humano, no aparente sucesso de nossa geração). Confiança em Deus também não é o conhecido pensamento positivo, que “materializa” os nossos desejos, mas a absoluta confiança em tudo o que Deus já revelou, ordenou e prometeu, conforme o registro das Escrituras Sagradas (Jo 11.39-44). Confiança em Deus é viver de acordo com os princípios e promessas que encontramos na Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras. A confiança em Deus nos faz viver priorizando o seu reino e justiça (Mt 11.25-33).
§  Generosidade, porque ainda que possamos reconhecer que já compramos muito e estamos bem supridos, devemos reconhecer que pode haver vizinhos, compatriotas, e estrageiros, que ainda estão privados de recursos fundamentais (2 Co 9.6-15).
§  Energia espiritual e física – Nossa energia espiritual procende uma fonte inesgotável, a física vem de energia renovável.  Usemos ambas com grande prodigalidade, pois pela graça de Deus não nos faltarão (Is 40.27-31).
§  Inteligência e prudência – a inteligência nos faz criativos, imaginativos e sonhadores e a prudência nos ajudar a refinar e aprimorar nossa criatividade. A inteligência cresce mediante o estudo, e a prudência é adquirida mediante a busca de conselhos (Tg 1.5).
§  Perseverança – a perseverança é a prova da qualidade e legitimidade de nossa fé. A verdadeira fé não se não desiste, não abandona o alvo, mas o alcança (2 Re 13.14-19; Ec 11.6).

O Nome Jesus é Exclusivo

O nome Jesus o identifica como o Salvador dos homens, conforme lemos em Mateus 1.21. É importante notar que a Bíblia (a única e completa fonte do conhecimento de Jesus Cristo) apresenta Jesus como salvador não de uma falência financeira, não de uma doença terminal, não de sofrimentos comuns à existência humana, como o proselitismo religioso tanto enfatiza em nossos dias. Jesus nos salva dos nossos pecados, isto é da morte espiritual ou eterno banimento da comunhão com Deus, conforme lemos em Isaías 59.2; Romanos 3.23 e 6.23.

Esta exclusividade tem dois aspectos:

A exclusividade do Salvador – Isto significa que Jesus Cristo somente salva os pecadores. Isto significa que a nossa salvação é 100% obra de Jesus Cristo. Nenhuma boa obra que façamos, nenhuma religião que pratiquemos, nenhuma intercessão ou aprovação que recebamos da igreja (na terra ou no céu), podem em qualquer hipótese contribuir no mínimo percentual imginável para a nossa salvação. Nossa salvação é exclusivamente obra de Jesus Cristo; “não há outro nome ... pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12), somente Jesus.

A exclusividade dos que são salvos – Havendo somente um Salvador, consequentemente todos os que são salvos, e somente estes, estão identificados com Jesus Cristo. E está identificação não é uma tradição religiosa, não é uma decisão intelectual ou emocional, é a fé em Jesus Cristo, que resulta do entendimento ou compreensão das Escrituras Sagradas (Romanos 10.9-11, 17), o que não ocorre sem a especial ação vivificante e iluminadora do Espírito Santo (Romanos 16.14).

O modo como Jesus salva os pecadores é absolutamente único, pois foi estabelecido conforme a exigência da justiça divina, que condena a morte todo pecador. Jesus morreu por causa dos nossos pecados (1 Co 15.3). Ele morreu em nosso lugar (Isaías 53.4-5; 2 Coríntios 5.21; Gálatas 3.13; 1 Pe 2.21)

Considere isto seriamente: Jesus Cristo é o único Salvador do Povo (filhos) de Deus.

A Bîblia, Jesus Cristo, o Reino de Deus e a Igreja

Já parou para pensar sobre a razão pela qual a Bíblia é também chamada a Escritura Sagrada? Há duas importantes razões para isto:
§  Ela é a Palavra de Deus escrita, que nos foi dada por meio de homens que “falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21).
§  Por causa de sua capacidade de tornar o ser humano “sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3.15).

E sobre Jesus Cristo, por que somos salvos por Ele? Porque Ele é Deus (O Filho) que “se fez carne” (Jo 1.14). A Bíblia também apresenta Jesus como o Profeta, Sacerdote e Rei do único Reino de Deus:
§  Como o Profeta, Jesus revela a Deus, com absoluta perfeição. “Ele é o resplendor da glória de Deus, e a expressão exata do seu ser” (Hebreus 1.3).
§  Como o Sacerdote, Jesus Cristo, e ele somente, “pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus” (Hebreus 7.25). Pois, sendo Deus, Ele é o único sacerdote “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus” (Hebreus 7.26). Jesus, “pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hebreus 9.12), ou seja, salvação para os que nele crêem (At 16.31).
§  Como o Rei, Jesus agora reune e edifica a sua verdadeira Igreja, mediante os repectivos mandato e promessa: “fazei discípulos de todas as nações, batizando-os ...; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século (sua volta)” (Mateus 28.19-20).

Jesus Cristo trouxe o Reino de Deus ao mundo; as igrejas, constituídas de seus discípulos, embora ainda imperfeitas, são a mais visível manifestação deste reino. Porém, podemos corromper a igreja de tal modo, que ela se tornará um obstáculo, impedindo que as pessoas vejam e entrem no Reino de Deus. Entretanto, Jesus Cristo estabeleceu as suas igrejas para que sejam a “luz do mundo” (Mateus 5.14), isto é, fiéis expressões do Reino de Deus, anunciando, em sua doutrina e prática, que Jesus Cristo é o Salvador e Senhor, até que Ele volte, para o estabelecimento final de seu reino eterno.

Tuesday 26 July 2011

Por que Jesus Voltou para o Céu?

Alguns críticos do cristianismo perguntam: por que Jesus voltou para o céu ao invés de dar imediata continuidade ao seu reino? Realmete, embora o Antigo Testamento esteja repleto de promessas da vinda de Cristo, ele não parece indicar um intervalo entre uma primeira e segunda vindas de Cristo, e que este seria um período de expectação pela plena manifestação do Reino de Deus.

Em primeiro lugar devemos enfatizar que a revelação de Deus tem caráter progressivo, na História e no Cânon Bíblico. Assim, nos foi dado conhecer gradualmente o Redentor, desde sua primeira promessa até sua manifestação; igualmente, a Obra da Redenção nos é gradualmente revelada, de Gênesis a Apocalipse.

A revelação redentiva não ficou concluída no Antigo Testamento; mas no Novo Testamento. Por exemplo, em Gênesis 3.15, o Redentor nos é apresentado somente como o “descendente da mulher”; em Deuteronômio 18.15-22, Ele nos é revelado como sendo o maior dentre os profetas; em Isaías 9.6-7, o Redentor é um rei de atributos divinos; em Malaquias 3.1, Ele é o Senhor.

É somente no Novo Testamento que vemos todas as diferentes referências e descrições do Redentor reunidas na única e extraordinária pessoa divina-humana de Jesus Cristo. Assim como no Novo Testamento temos a plena revelação do Redentor que é Jesus Cristo, é também no Novo Testamento que encontramos a plena revelação do divino plano da Redenção.

Jesus mesmo nos dá indicações sobre as razões pelas quais Ele, após sua ressurreição, Ele voltou ao Céu, ao invés de começar imediatamente seu visível reinado na Terra.

1.      Jesus voltou ao Céu, isto é ao Pai, porque Ele cumpriu a expiação dos nossos pecados (Jo 17.4-5; 19.30). A morrer na cruz, Jesus cumpriu perfeitamente o que estava profetizado em Isaías 53.4-5. Ele sofreu o castigo que merecemos por causa dos nossos pecados e estabeleceu nossa paz ou reconciliação com Deus. Com um único e próprio sacrifício, Jesus Cristo de uma vez por todas expiou os pecados de todos os que nÊle creram, crêem e ainda vierem a crer (Hb 7.22-27; 9.11-12).

2.      Jesus voltou ao Céu para preparar lugar para muitos (Jo 14.1-3). Como já foi indicado  anteriormente, Jesus morreu para expiar os pecados e salvar não somente crentes que viveram antes de Sua encarnação ou dos que foram Seus contemporâneos; Ele morreu para expiar os pecados e salvar uma inumerável multidão (Ap 7.9-10) que inclui também outros que têm sido chamados à existência e à Igreja de Deus por meio do Evangelho. Este número Deus conhece perfeitamente (Ap 6.11; 7.3-4).

3.      Jesus voltou ao Céu para enviar o Espírito Santo, à sua Igreja (Jo 16.1-15). É através de Sua Igreja, a quem Jesus deu a comissão de evangelizar todas as nações (Mt 28.18-20) que o número dos redimidos pelo sangue de Jesus Cristo vai crescendo. Este trabalho exige da Igreja idoneidade, poder e perseverança. Sem o Espírito Santo agindo poderosamente na Igreja e em cada crente individualmente, esta missão seria impossível. Jesus voltou para o Céu para enviar o Espírito Santo que também consola a Igreja em todos os seus sofrimentos.

4.      Para administrar a expansão de sua Igreja. Na Grande Comissão (Mt 28.18-20) Jesus também fez referência à sua total autoridade “no céu e na terra”. Com tantos e tão poderosos inimigos, visíveis e invisíveis, a Igreja jamais cumpriria a sua missão se o Senhor Jesus Cristo não ajudasse “do alto”, controlando o poder a a ação dos inimigos. Jesus Cristo é ao mesmo tempo o Cabeça da Igreja e Soberano Senhor do Universo (Ef 1.19-23). Ele comanda a Igreja a sair ao mundo pregando o Evangelho, mas também controla e restringe todos os pederes hostís (Mt 10.24-33).

5.      Para aguardar o Dia do Senhor. Jesus disse que o Evangelho haveria de ser pregado a todas as nações, e, então, viria o fim (Mt 24.14). O fim significa o fim de uma era ou ordem. De fato trata-se de uma transição da forma como Jesus governa, desde sua anscensão. O dia desta transição é chamado o Dia do Senhor (2 Pe 3.10). Este é o dia da consumação da História e da Redenção para a entrada na eterna bem-aventurança, a tansição dos presentes céus e terra, para os Novos Céus e Nova Terra. Então o reino de Jesus Cristo já não mais será visto pela fé somente, como o é agora, mas será plenamente visível em todo lugar e a todas as criaturas (homens e anjos). O próprio Jesus, nos dias de sua humilhação (antes sua ressurreição e ascensão), declarou que esse “dia e hora” somente o Pai conhecia (Mt 24.36).

Jesus não estabeleceu o seu reino em plena visibilidade na terra imediatamente após a sua ressurreição, mas voltou a Céu, porque àquele tempo sua Igreja não estava completa. Quando este “edifício” (casa, familia ou povo) estiver completo, certamente Jesus Cristo voltará e finalmente estabelerá o reino tantas mencionado e tão desejado pelos profetas.

Monday 18 July 2011

Despertemos, Filhos de Deus!

Milhares de crentes estão “dormindo de olhos abertos” enquanto a Casa de Deus está sendo assaltada e dominada por falsos profetas que não pregam ou ensinam as sublimes verdades reveladas nas Sagradas Escrituras.

As Casas de Oração (igrejas) estão cheias de coisas estranhas quando comparadas às igrejas primitivas, ou às igrejas que no princípio abraçaram ou se estabeleceram em consequência da Reforma. Crenças e práticas estranhas ou condenadas pela Palavra de Deus, que os gentios nos primeiros séculos abandonaram ao ingressar na Igreja e que os Reformadores do século XVI expugaram da Igreja, estão voltando, e, incrível e absurdamente, sob a pretensa idéia da redescoberta e renovação do Espírito Santo.

Será que o Espírito Santo que no primeiro Pentecostes após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, que veio para dar à Igreja uma plenitude da presença de Deus jamais experimentada antes em toda a História da Redenção, e por isso tornou inútil o complexo cerimonial do culto vétero-testamentário, traria de volta em algum tempo da história da Igreja as sombras e símbolos da presença e do poder de Deus?

Por que o Espírito Santo traria de volta ao povo de Deus os homens, lugares e objetos “poderosos” do passado e da mais antiga história do povo de Deus, se Deus já se manifestou em carne (isto é, o prometido Cristo já veio), e a promessa do derramamento do Espírito Santo já se cumpriu? E mais, como o Espirito Santo permitiria na Igreja hoje o que jamais foi permitido, como o culto visual e sensual dos povos idólatras?

Muitos pregadores falam que Deus ama aos pecadores, mas omitem que Deus julgará e banirá completa e irreversivelmente de sua face, para eterno terror, todos os pecadores que não se humilharem confessando seus pecados e confiando em Jesus Cristo somente como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Hoje, os cultos em geral são feitos para atrair e agradar aos pecadores para que voltem, e voltem mais vezes, e se tornem frequentes. Estes são desde suas primeiras visitas chamados a se “associar” à igreja “como estão”. É também permitido aos frequentadores e visitantes participar da Santa Ceia sem que se verifique se podem “discernir o corpo” (1 Co 11.29). Como a Lei de Deus também não é ensinada e lembrada, os que se congregam se utilizam de padrões ou conceitos seculares ou  mundanos para decidir se podem ou não comer e beber dignamente (1 Co 11.27).

A disciplina eclesiástica já não é mais observada; por isso, até verdadeiros crentes vão se definhando em seus pecados e ímpios vão se fortalecendo, dominando a igreja e remodelando a face da igreja.

Os pastores já não amam o rebanho de Deus, querem grandes igrejas para aumentar seu poder, e têm se transformado em grandes levantadores de fundos financeiros. Não se importam mais em conhecer pessoalmente suas ovelhas, mas estão contentes em ver o rol de membros e a receita anual crescer.

Em grande parte das igrejas, os filhos de Deus que ainda podiam comparar uma simples e fiel igreja com a que foi assaltada pelos falsos profetas estão morrendo; seus filhos e netos nunca viram ou estiveram em uma igreja simples e fiel. Por isso, em geral, os crentes hoje pensam que tudo está muito bem, que estão em uma igreja normal (bíblica); eles não percebem que a comodidade das tradições, a influência dos modismos e a força da cultura transtornaram a igreja, seu culto e vida.

Despertemos filhos de Deus, não esperemos que ídolos de madeira e pedra sejam colocados nas nossas casas de oração, os mais perigosos ídolos são os que “levantamos em nosso próprio coração” (Ez 14.3). Nossa melhor proteção contra toda forma de idolatria é o culto em “espírito e em verdade” (Jo 4.24).

No passado, o povo de Deus no caminho da apostasia se congregava para se divertir (Ex 32.2) e comer a carne dos sacrifîcios (Os 8.13). Hoje o povo no caminho da apostasia pede mais música, coreografia e dramatização. Porém, o fiel ministro da Palavra de Deus, não deixa de pregar “todo o desígnio de Deus” (At 20.27), continua trazendo a fiel doutrina para a igreja (2 Tm 3.14-4.5) e pregando no mundo o evangelho cristocêntrico (1 Co 2.1-2).