Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Thursday 29 November 2012

Crentes Fora da Igreja?

Algumas décadas atrás, pouquíssimos evangélicos diriam que eram “crentes fora da Igreja”, estando nesta situação. Eles geralmente aceitavam a designação de “desviados” ou, até,  “caídos na fé”. Hoje, entretanto, os que deixaram a Igreja” preferem a designção de “crentes fora da Igreja”; e os censos mostram que o número destes está aumentando significativamente.

Primeiramente, é importante enfatizar que o estar fora da Igreja não significa estar fora da hierarquia eclesiástica do Catolicismo Romano, nem de qualquer outra hierarquia eclesiástica protestante ou evangélica. Estar “fora da Igreja” é estar fora da comunhão com uma igreja ou congregação que, por maior ou menor que seja, está ligada a Jesus Cristo.
Nas principais e mais compreensivas figuras da Igreja que encontramos na Bíblia, a igreja está sempre ligada a Jesus Cristo: como o edifício ao seu fundamento (1 Pedro 2.4-6), os ramos à videira (João 15), o corpo à cabeça (1 Coríntios 12.12-31), e a esposa ao esposo (Efésios 4.23). Portanto, se queremos definir a Igreja de Cristo, devemos identificá-la como o edifício alicerçado em Jesus Cristo somente, os ramos realmente nascidos em Jesus Cristo, os membros do único corpo cuja cabeça é Jesus Cristo, e a fiel noiva ou esposa de Jesus Cristo. Esta Igreja está espalhada na terra, não somente como índivíduos e famílias, mas também em várias ou inumeráveis igrejas ou congregações.

Entretanto, estas várias igrejas, como podemos ver no livro de Apocalipse, podem variar em seu estado de saúde espiritual:

§   Do saudável, embora sob ameaças como Esmirna e Filadélfia (Apocalipse 2.8-11; 3.7-13),

§   Ao razoável ou sob risco de ficar doente como Éfeso, Pérgamo e Tiatira (Apocalipse 2.1-7, 12-17, 18-29), 

§   Até ao doente, sob o risco de morrer como Sardes e Laodicéia (Apocalipse 3.1-6, 14-22).
As igrejas em estado saudável devem zelar para que assim permanecerem, mediante a perseverança na Palavra de Deus, que as afasta e purifica do pecado, o agente da doença espiritual e morte. As igreja e condição meramente razoável devem objetivar o vigor, buscando o sólido alimentando-se da Palavra de Deus, e praticando continuamente o exercício da fé. As igrejas doentes precisam da cura, o reavivamento que vem pela reforma da vida particular, familiar e congregacional dos membros.

Entretanto, sem o devido uso dos meios de graça, cujo principal é a Palavra de Deus, qualquer igreja pode decair do estado saudável para o regular, do regular para o doente, e do doente para a morte, tornando-se até uma falsa igreja (Apocalipse 2.9).

Uma igreja verdadeira e saudável é:

§   Como um edifício, alicerçada no conhecimento de Jesus Cristo, revelado e preservado nas Escrituras Sagradas somente, constituída de pessoas regeneradas em Jesus Cristo, pelo poder do Espírito Santo, mediante a fiel pregação da Palavra de Deus;

§   Como a videira, produz os frutos próprios da sua natureza como ramos de Cristo Jesus – a Videira (frutos que agradam a Deus e aos seus filhos);

§   Como o corpo, governada por Jesus Cristo como o seu Cabeça, mediante o funcionamento de acordo com autoridade das Escrituras e no poder do Espírito Santo que distribuindo dons, estabelece as funções dos membros (do corpo);

§   Como a esposa de Jesus Cristo, ama o seu divino esposo que a redimiu.
Então como podem existir “crentes fora da Igreja”? Verdadeiros crentes não podem ficar fora da Igreja; e isto significa que verdadeiros crentes não podem ficar fora das igrejas ou congregações que constituem a Igreja de Cristo na Terra. Verdadeiros crentes devem estar fora das falsas igrejas, mas dentro de uma verdadeira igreja. Verdadeiros e maduros crentes identificam uma igreja moribunda (perto da morte), sabem quando a igreja precisa voltar a comer o alimento saudável que é a Palavra de Deus, a beber da àgua purificadora e desfrutar da unção do poder do Espírito Santo. Verdadeiros e maduros crentes sabem distinguir entre uma igreja que é como um corpo saudável, da que está doente ou morta (Efésios 4.15-16); eles distinguem a igreja que, sobre a Rocha – Cristo, está sendo edificada com ouro, prata e pedras preciosas daquela que é levantada com madeira, palha e feno (1 Coríntios 3.10-17).
Como os tijolos ou pedras retirados de um edifício já não fazem parte dele; um membro morre, quando cortado do corpo; o ramo seca, se arrancado da planta; e o casamento acaba, se a esposa abandona o esposo; o crente não se desliga, nem é desligado da Igreja, ou de sua congregação.

As palavras ligar e desligar são muito úteis para entender nossa relação com a Igreja de Cristo. Pedro, mediante sua inequívoca confissão de Jesus como “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16), foi declarado por Jesus uma pedra do edifício da Igreja, cujo alicerce ou fundamento, como já tem sido mencionado, é Jesus Cristo (Mateus 16.16-18; 1 Pedro 2.4-8). Imediatamente a seguir, Jesus afirma que nossa relação com a Igreja na terra reflete nossa relação com a Igreja no céu, isto é, com Deus propriamente (Mateus 16.19-20). O ministério da pregação da Palavra de Deus, confiado à Igreja na terra, é a chave do reino dos céus (reino de Deus). Quando a Igreja prega fielmente a Palavra, e os pecadores arrependidos confessam a Jesus como o Cristo, o Filho Unigênito de Deus, a própria Igreja os recebe na terra; porque eles foram recebidos no céu. Entretanto, quando a Igreja desliga o membro que insiste em rejeitar a Palavra de Deus, ela também está refletindo na terra, o que acontece no céu (Mateus 18.15-20).
A Igreja com suas igrejas ou congregaçãos não é uma instituição humana, mas divina. Desde o princípio, Deus distinguiu a geração de Sete da geração de Caim (Genesis 4.8-26), os filhos de Deus dos filhos dos homens (Genesis 6.1-2). Deus separou e fez aliança com a descendência espiritual de Abraão (Gênesis 17.1-14). Por fim, quando Jesus Cristo veio, e trouxe à plenitude a revelação da Aliança da Redenção, Ele fundou a sua Igreja (Mateus 16.13-19), a Igreja da Nova Aliança, instituiu também a sua Ceia (Mateus 26.26-29) e o seu batismo (Mateus 28.18-20), Ceia e batismo reservados aos membros de sua Igreja, que são chamados de seus discípulos; pois eles aprendem e guardam a sua Palavra, central à vida de sua Igreja.

Quando o apóstolo Paulo, mediante o chamado de Jesus Cristo e poder do Espírito Santo saiu a pregar o Evangelho de Jesus Cristo ao mundo, ele não somente pregava, deixando os crentes dispersos; ao contrário, Paulo fazia deles discípulos de Cristo, organizando-os em igrejas, estabelecendo até presbíteros (Atos 13.12-13, 48-49, 52; 14.1-7, 19-23). Paulo, fiel ao mandato e instituição de Jesus Cristo, também batizava os novos crentes, com suas famílias (Atos 16.14-15, 31-33), administrava e ordenava a Santa Ceia (Atos 20.7; 1 Coríntios 11.20-34).
Os verdadeiros crentes em Cristo Jesus são os seus discípulos; estes assim são chamados porque aprendem e são disciplinados por sua Palavra, devido ao seu ingresso e permanência na Igreja; ingresso marcado pelo recebimento do batismo; permanência indicada pela participação na Santa Ceia.

O verdadeiro crente somente se desliga de uma falsa igreja, mas procura imediatamente a verdadeira Igreja. O verdadeiro crente sofre pela igreja que está doente, ora por ela, e a exorta a voltar a ouvir e se alimentar da Palavra de Deus. O verdadeiro crente ama a sua congregação; ele se alegra com a saúde de sua igreja e consagra sua vida (tempo, dons e recursos) para conservá-la assim (Hebreus 10.23-25). O verdadeiro crente não abandona a sua congregação, exceto se ela definitivamente se apostata ,e se torna uma congregação de Satanás (Apocalipse 2.9).

Existe crente fora de uma verdadeira igreja de Cristo? Se um dedo é cortado do corpo e não for logo implantado, o que acontecerá àquele dedo? Morrerá e terá que ser enterrado ou incinerado. O mesmo acontecerá ao ramo cortado de sua planta.
Crente fora de uma igreja de Cristo? A idéia é pior (mais absurda) que a de um aluno fora da escola. Este se coloca na mesma posição dos domônios, que também são “crentes” (Tiago 2.19), mas não são discípulos de Jesus Cristo. Quem abandona a Igreja de Cristo, ou seja, não é membro de uma verdadeira igreja de Cristo, fala contra Igreja e trabalha contra a Igreja. Dizer-se crente em Cristo e manter-se fora da Igreja é praticar sabotagem contra a Igreja de Cristo.

Crente fora da igreja é como um ramo que está secando, um membro do corpo que está apodrecendo. Apesar desta dura comparação,  o motivo desta mensagem é o amor pela Igreja de Cristo e seus membros cortados; o objetivo desta mensagem é chamar todos os que estão fora da Igreja a voltar imediatamente, congregando-se em uma fiel igreja do Senhor Jesus Cristo.
Quando o Senhor voltar, ou chamar você antes que Ele venha, que justa razão você poderia apresentar-Lhe por abandonar e estar fora da Igreja que Ele tanto ama, pela qual deu o seu próprio sangue, e, ao subir ao céu, lhe deu o seu Espírito Santo, para nela habitar, até que Ele, Jesus, volte?

Friday 9 November 2012

Ser Cristão é Viver para a Glória de Cristo

Conhecer Jesus Cristo é algo absolutamente singular; é algo que muda radicalmente a nossa vida. Conhecer a Cristo é muito mais signicante que obter um diploma após anos de estudos, alcançar o topo de uma carreira profissional, é incomparavelmente superior a encontrar uma filosofia de vida, uma teoria sócio-política que pareça justa e promotora de prosperidade.

O conhecimento de Jesus Cristo torna ridícula a torcida fanática por um time de futebol, e incabível a dedicação a qualquer ídolo da música, cinema ou esporte.

Conhecer Jesus Cristo é também totalmente diferente de encontrar uma religião que atenda nossos anseios, sejam estes espirituais ou materiais; conhecer a Cristo é conhecer a Deus (João 14.6). Isto deve ser dito, proclamado; embora possa parecer insensível ou até ofensivo, especialmente a seguidores de religiões não “cristãs”. Jesus não é propriedade de uma religião, nem tão pouco das chamadas religiões cristãs. Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ninguém conhece o que de Deus se pode conhecer como Salvador, senão através do conhecimento de Jesus Cristo (João 14.6; 17.3).

Entretanto, é também importante ressaltar conhecemos a Jesus não por iniciativa, mérito ou esforço nosso. O conhecimento de Jesus é resultado da condescendência de Deus; isto é, da livre, soberana e expontânea vontade de Deus em se dar a conhecer a nós, apesar dos nossos pecados, pelos quais fomos, com justiça, banidos a presença de Deus.

Quem conhece a Jesus experimenta uma radical mudança em sua existência; qualquer que tenha sido o seu centro gravitacional (religião, partido ou teoria política, esporte, trabalho, família), alguém que conheceu a Jesus Cristo, passou também a tê-Lo definitivamente como o centro de sua vida.
Por isso, Jesus Cristo é pregado como o Salvador e Senhor (Romanos 10.9; Filipenses 2.9-11); pois, conhecendo a Jesus Cristo, passamos a viver para Ele; e viver para Cristo é efetivamente viver para Deus; pois Jesus Cristo é Deus em sua mais completa e perfeita manifestação ao homem (João 1.1-3,14,18).
Depois que conhecemos a Jesus, tão real, íntima e satisfatória é a nossa relação com Deus que, queremos, acima de qualquer coisa, ver Jesus Cristo glorificado em nossa vida, na Igreja e no universo. Depois que conhecemos a Cristo, “o viver é Cristo”, nada é mais importante, nem a nossa própria sobrevivência (Filipenses 1.21).
Cristo Glorificado em Nossa Vida
Jesus Cristo é glorificado em nossa vida na medida em que Ele, seus pensamentos, palavras e obras se manifestam através de nós. Para que isto não seja mera ideologia, mas uma realidade, temos nas Escrituras Sagradas a “Lei de Deus” que Jesus cumpriu perfeitamente, e temos os “Evangelhos” onde os pensamentos, palavras e obras de Jesus estão registrados. Lendo e estudando os Evagelhos, desfrutamos os mesmos privilégios dos primeiros discípulos de Jesus, é como se estivéssemos andando com Ele, seguindo-O, observando Suas atitudes, ouvindo Seus ensinos e vendo Suas obras. Além disso, fomos (os que conhecem e crêem em Jesus Cristo) ungidos, batizados, ou simplesmente recebemos permanentemente o Espírito Santo, como o Consolador (João 14.16-17), para compensar (suprir) na temporária ausência física e visível de Jesus Cristo, entre os seus discípulos. O Espírito Santo, que é o Espírito de Jesus Cristo (Filipenses 1.19), habitando permanentemente em nós como igreja (congregação) e crentes individualmente, é mais influente e poderoso que a própria presença visual de Jesus. Qualquer pessoa que pudesse ver a Jesus poderia, contudo, ignorar ou rejeitá-Lo em seu coração, como efetivamente aconteceu durante o ministério público de Jesus. Entretanto,  quando alguém recebe o Espírito de Cristo, Cristo está efetivamente no centro de sua razão e afeição.
Portanto, para quem tem (recebeu) o Espírito Santo e lê as Escrituras, especialmente os Evangelhos, está sendo real e poderosamente discipulado por Jesus Cristo; e ser discipulado por Jesus Cristo é aprender Seus santos pensamentos, palavras e obras; e isto é ser Jesus Cristo glorificado em nossas vidas.
Para quem realmente conhece Jesus Cristo, não há nada mais desejável nesta vida do que “andar” com Jesus Cristo, certamente, em primeiro lugar,  pelo prazer da Sua companhia, mas também pelos frutos desta companhia de Jesus que trasnforma nosso ser segundo os pensamentos, palavras e obras de Jesus Cristo.
Ser cristão, não simplesmente ter uma religião cristã, é conhecer Jesus Cristo e nÊle crer, ser Seu discípulo e andar com Ele todos os dias (pelo poder do Espírito Santo e instrução dos Evangelhos). Ser cristão é ser servo de Cristo por amor a Ele, com o amor que é devido somente a Deus, “de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento” (Mateus 22.37-38); pelo reconhecimento de que Ele é Deus, em forma, natureza e corpo humanos (João 1.14).
É impossível conhecer a Jesus, e não viver com Ele, por Ele, e para Ele; que todos nós, que se consideramos cristãos, pensemos nisso seriamente, e avaliemos a realidade, qualidade ou profundidade de nosso conhecimento de Jesus Cristo, pois disso depende a nossa salvação.
Cristo Glorificado na Igreja
O discípulo de Jesus Cristo aprende que Jesus é glorificado na Igreja na medida em que ela se manifesta como o Reino de Cristo na Terra (Mateus 5.1-16). Por isso, o discípulo de Jesus é totalmente comprometido com a Igreja de Jesus, como Jesus o é. O discípulo de Cristo é totalmente comprometido com o bem da Igreja; isto é, com o seu crscimento saudável.
O discípulo do Senhor sabe que a Igreja é a manifestação antecipada do Reino de Deus (também chamado Reino dos Céus ou Reino de Cristo). A Igreja não é ainda o Reino de Cristo em sua perfeição e plenitude, mas os primeiros frutos do Reino, antecipados na presente era, em que o Reino ainda está em fase de conquista.
O fiel discípulo de Cristo não ignora que a igreja ainda não é perfeita, mas, como o Seu Mestre, ele não desampara a igreja,que ainda sofre os efeitos temporais de seus próprios pecados; ao contrário, o discípulo se empenha "de corpo e alma" pelo aperfeiçoamento da Igreja; a fim de que esta, esteja ela no desejável caminho do progresso ou no triste desvio do alvo, continue ou volte à rota da perfeição em Cristo Jesus.
Pode alguém ser cristão e nao amar a igreja de Cristo? Pode alguém ser cristão e deixar a igreja de Cristo? Pensemos no amor que Jesus Cristo tem por sua Igreja: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5.25).
É compreensível  que alguém que não conheça a Jesus Cristo despreze a Igreja ou a até a persiga; porém, como pode alguém que conhece a Cristo e é seu discípulo não amar a Igreja, ao ponto de desprezar e abandoná-la?
Como pode um discípulo de Jesus Cristo permanecer na Igreja e não se importar com a pureza da Igreja (2 Coríntios 11.2), e em que ela permaneça na verdade (2 João 4; 3 João 4)? Como pode alguém que “anda” todos os dias com Jesus, ver a frieza ou infidelidade da Igreja para com o seu Salvador e Esposo, e não chorar, como Jesus Cristo chorou por Jerusalém (Lucas 19.41-42)? A presente ausência de sofrimento, lágrimas e oração em favor da Igreja somente pode ser atribuída ao fato de que muitos cristãos estejam muito ocupados com seu sucesso profissional, ganhar dinheiro e desfrutar das novidades e confortos que o dinheiro pode comprar, para andar com Cristo, e conhecer seus pensamentos, palavras e obras.
O discípulo de Cristo ama a sua igreja, a sua congregação local, mas ama tambem a Igreja como a totalidade das congregações na Terra, e trabalha e luta pela pureza da Igreja. Entretanto, quanto as congregações que insistem em permanecer no caminho da apostasia, a fim de que outras congregações e crentes individualmente não sejam confundidos e contaminados pela apostasia, o discípulo, também como o seu Senhor,manifesta “a quem tenha ouvidos para ouvir” a sua reprovação a infidelidade (Apocalipse 2.4-7).
Quem conhece a Cristo sabe do infinito amor de Cristo por sua noiva, a Igreja, e que Cristo não abandona a sua esposa, pela qual morreu e, comprando-a com o seu próprio sangue, e depois ressuscitou. O discípulo de Cristo sabe que, mesmo após a ascensão de Jesus Cristo aos Céus, como o corpo está unido à sua cabeça, Jesus Cristo, mediante o Espírito Santo, permanece unido e governa a sua Igreja, até ao dia de Sua volta, para de novo e permanentemente estar física e visivelmente com a sua amada Igreja. Portanto, quem conhece a Cristo sabe que abandonar a Igreja de Cristo é abandonar o próprio Cristo.
Cristo Glorificado no Universo
Mencionamos que o Reino de Cristo esta em "fase de conquista"; isto é, conquista dos que ainda estão para se tornar membros da Igreja, cidadãos do Reino de Cristo. Esta conquista se dá pela pregação do Evangelho, a pregação de Jesus Cristo como o Rei Eterno, o único sacerdote de Deus para a salvação dos pecadores que, no exercício de seus atributos sacerdotais, cumpriu perfeitamente a justiça de Deus e morreu em lugar de todos os pecadores que foram, são e serão perdoados, reconciliados com Deus, para se tornarem cidadaos do Reino eterno (Romanos 4.25-5.1).
Os que conhecem a Cristo, isto é, os seus discípulos, são inconformados com a ilusão dos reinos dos homens, inconformados com suas mentiras, injustiças e fracassos; eles sabem que há um poder maligno oculto por trás da temporária aparência de sucesso dos reinos deste mundo.
Escondidos atrás do aparente sucesso dos reinos dos homens está o ódio do "principe do mal", o poder sedutor e escravizador  do pecado, e o poder destruidor da morte (Efésios 2.1-3). Os que conheceram poder libertador de Jesus Cristo (Efésios 2.4-5), querem estender este conhecimento a todas as pessoas, querem também vê-las livres do mal, do engano, da escravidão e da morte.
Os discipulos de Cristo teem a mesma compaixão de Cristo pelos que estão sob o poder do "império das trevas", não importa qual seja a nacionalidade, religião, situação social ou condição moral. E fácil ser cristão e esquecer as multidões que estão no reino que está perecendo; porém, é impossivel andar com Jesus, dia após dia, ser Seu discípulo e, por isso conhecer, suas obras, suas palavras e até os seus pensamentos, revelados em sua Palavra, e não se envolver e atirar na evangelização dos homens e mulheres, jovens e crianças, e neste trabalho e luta permanecer até ouvir do Mestre: "Muito bem ... servo bom fiel; entra no gozo do seu Senhor" (Mateus 25.21,23).
Os que realmente conhecem a Cristo são discipulos e servos de Cristo. Estes querem ver a glória de Deus revelada em Cristo Jesus manifestado-se ao mundo na salvação dos pecadores, na edificação da Igreja, e  em suas próprias vidas, de modo que Ele (Cristo) neles cresça, e eles mesmos desapareçam (João 3.30), encobertos pela glória de Cristo.