A Terra é simplesmente um dos planetas em nosso
sistema solar; entretanto, a força e a variedade de vida que nela existe é algo
grandioso e maravilhoso, inexistente em qualquer outro lugar, conhecido pelo
homem, na imensidão do universo.
Existem basicamente duas formas de se conceber a
orígem da vida na Terra: uma é atribuída à vontade, inteligência e poder
criativos de Deus, a outra é atribuída ao acaso e evolução. A primeira
concepção tem dois fundamentos: um fundamento lógico que requer uma causa
inteligente e capaz (Deus) para o complexo efeito da Criação (o universo e a
vida); o segundo fundamento é revelacional, ou seja Deus se revela como o
Criador (do universo e da vida), em parte na própria criação, em parte em
palavras comunicadas por Deus ao homem. A segunda concepção da orígem da vida
(casual e evolucionista), ignora ou exclui Deus como a orígem do universo e o
autor da vida.
A criação é uma revelação de Deus, como qualquer obra
revela o seu criador; seja uma peça musical ou literária, seja uma pintura ou seja
o mais simples e comum trabalho, a obra sempre revela características de seu
autor. Assim, a Criação revela o seu Criador:
“Os céus proclamam a
glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Salmos 19.1)
“Porquanto, o que de Deus se pode
conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus
atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos
desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas...”
(Romanos 1.19-20)
As Escrituras Sagradas são as palavras reveladoras do
Criador; nelas Deus reivindica a criação do universo e da vida, e a criação do
homem à sua imagem e semelhança:
“No princípio criou
Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1.1)
“Criou, pois, Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.27)
“No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas
as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se
fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;” (João 1.1-4)
Embora a maioria das pessoas não reprima a intuição
natural para acreditar na existência de Deus, a maioria hoje considera
simplista o relato da Criação em Gênesis 1-2 . Entretanto, antes de
preconceitosamente rejeitar o conceito bíblico de Criação, como ingênuo para
uma era dominada pelo sucesso da ciência, devemos considerar as alternativas
consideradas de científicas. Se o fizermos, veremos que, não importa quão
elaboradas sejam as teorias que tentam explicar a orígem do universo e da vida,
em algum ponto é preciso substituir o fator Deus pelo “acaso” (sorte) e evolução;
ou seja, o que no conceito da Criação é atribuído a Deus, nas teorias
científicas da orígem do universo e da vida é atribuído ao acaso e evolução.
Tomemos como exemplo a mais recente teoria divulgada
pela mídia que vem de uma conferência científica realizada recentemente em Florença, na Itália, e apresentada pelo químico Steven
Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA). Em
resumo, esta teoria sugere que, sendo o planeta Marte rico dos minerais que
poderiam dar orígem ao RNA (ácido ribonucleico), molécula que juntamente com o
DNA (ácido desoxiribonucleico) e proteínas que são essenciais à vida, e que tendo
o planeta, há alguns bilhões de anos atrás, as condições ambientais necessárias
para, apartir daqueles minerias, fossem formadas as moleculas de RNA, a vida surgiu
em Marte; e, depois, viajando em um meteorito, esta forma de vida foi trazida
para a terra, que então já em condições favoráveis possibilitou o
estabelecimento e a evolução da vida.
No relato Bíblico da Criação, a razão ou lógica do homem
encontra uma resposta na revelação de Deus, que certamente demanda a fé. Por
outro lado, as diversas explicações chamadas científicas da orígem do universo
e da vida, que excluem Deus e combinam o acaso e a evolução, também exigem fé,
fé na sorte que é imprevisível (porque é ilógica, na proporção em que não
qualquer controle inteligente) e na evolução que é improvável (porque não
existem provas vivas ou fossilizadas que sejam formas tansitórias entre duas diferentes
espécies de vida). O relato Bíblico da Criação requer fé em Deus, as teorias
científicas da orígem do universo exigem fé na sorte.
Pense nisto: porque seria mais inteligente acreditar
que por acaso a vida surgiu em marte, por acaso (sem qualquer vontade,
inteligência e plano) viajou em um meteoro para a Terra, e aquí, por acaso, evoluiu?
Em que isto é mais inteligente que crer que Deus criou o universo e a vida?
Tanto o conceito da Criação quanto qualquer teoria científica sobre a orígem do
universo e da vida exigem fé; porém, o relato Bíblico da Criação é mais
inteligente, racional, lógico e maduro que qualquer teoria que exclui Deus,
opta pelo acaso e evolução.
Entretanto, as Escrituras, que consideram insensatez e
perversidade ignorar a Deus (Salmos 10.4; 14.1; 53.1); além de afirmarem que
Deus é o Criador, elas revelam que Deus está ativo no governo e redenção da
Criação.
Sem o “pré-conceito” contrário à existência de Deus e
ao método usado por Ele para criar, e sem que este seja o seu propósito ou alvo
final, as Escrituras afirmam que Deus é o autor da vida, o Criador. E as
Escrituras o fazem sem ter como alvo uma mente científica mas o homem comum, e
de modo geral (sem excluir a mente científica). Por razão de consistência
(coerência), as Escrituras anunciam a Deus como o Criador, e como quem soberanamente
governa toda a Criação, com o propósito final de apresentar a Deus como o
Redentor da Criação, em Cristo Jesus. A Bíblia não é ciência (estudo) do homem,
é revelação de Deus; ela não é sobre física, química e biologia, é sobre a
redenção do homem do poder destruidor do pecado, que é transgressão da lei de
Deus (1 João 3.4); razão pela qual o homem e a Criação em geral precisam ser
redimidos de uma ordem de corrupção, introduzida pela pecado do homem (Romanos
8.19-23).
Não se poderia pensar em Deus como o Redentor se não
fosse Ele antes o Criador e Soberano Governante e Sustentador de toda a
Criação. O objetivo das Escrituras é revelar a Deus como o Redentor, através de
Jesus Cristo, e nos chamar à fé em Jesus Cristo; porém as Escrituras fazem
isto, não em um vácuo racional e lógico, mas em um progressivo processo
revelacional (registrado desde o livro de Gênesis até o livro de Apocalipse)
que comunica um consistente (coerente, não contraditório) conhecimento de Deus como o Criador,
Mantenedor e Redentor.
Não se deixe enganar pela arrogância da ciência do
homem; excluir Deus não nos aproxima do conhecimento e da verdade, ao contrário
nos afasta e impede definitivamente da possibilidade do conhecimento e da
verdade.
A ciência é, no máximo, capaz de confirmar o que a
observação comum já demonstra: que há um “Designer Inteligente” (Planejador
Inteligente) e capaz. As Escrituras confirmam que Deus é o Criador, o criador do
universo e da vida.
Como imagem e semelhança de Deus o homem pode resolver
certos problemas na criação e curar certas enfermidades; mas somente Deus pode
redimir o homem do pecado, e redimir a Criação de sua corrupção, em virtude do
pecado do homem e sua separação de Deus. Somente o criador da vida temporária
pode dar ao homem a vida eterna (João 3.16).
Quando o homem insiste na busca de uma resposta à
questão da orígem da vida que exclua Deus; ele também pensa que o destino da
vida está em suas mãos que o seu futuro depende exclusivamente da sua ciência.
Entretanto, as Escrituras Sagradas revelam que, assim como a sua orígem, o
futuro do homem está nas mãos de Deus. E isto não é campo da ciência, ela não
pode negar nem confirmar a revelação de Deus nas Escrituras.
As Escrituras Sagradas revelam que o futuro do homem
depende de Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, e co-agente do Pai na Criação;
a vida e o futuro do homem dependem de Jesus Cristo, do que Ele já fêz, está
fazendo, e ainda fará. Para redimir o homem do poder destruidor do pecado, Deus,
o Filho, se fêz carne, ou seja, homem, mantendo todos os atributos divinos (João
1.1-14). Para reconciliar o homem pecador com Deus, o Filho de Deus, Jesus
Cristo, morreu e ressuscitou, em cumprimento da justiça de Deus (Romanos
4.24-5.1). Para avançar a obra da Redenção, Jesus ordenou seus discípulos a
anunciar e ensinar o Evangelho da Redenção; e com eles Jesus pemanece, no Espírito
Santo que enviou para convencer o mundo do “pecado, da justiça e do juízo”
(João 16.8). Jesus realiza a obra da Redenção salvando completamente todos os
mediante a fé nele (Jesus Cristo) buscam a reconciliação com Deus (Hebreus 7.22-25);
e por fim, Ele voltará para concluir a obra da Redenção (João 14.1-3).
Não se deixe enganar pelas teorias baseadas no
pressuposto da inexistência ou ausência de Deus na orígem do universo e da vida;
elas o levarão ao erro fatal de ignorar a Deus. Escute a voz da consciência que
clama a onipresença de Deus. Veja, ou ouça o que a obra da criação revela sobre
Deus (Salmos 19.1-4). Examine ou leia o que Deus fala nas Escrituras Sagradas;
e não procure nelas a solução dos mistérios da natureza, nem por regras de
saúde, ou normas sociais, muito menos por segredos do sucesso em diversas áreas
da vida. Leia, ouça o que Deus fala através da Bíblia, Ele fala da sua obra da
Redenção, e de Jesus Cristo, o Redentor do homem e da criação (2 Timóteo
3.14-17).
“Ele (Jesus Cristo) é a pedra que foi
rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular. E
em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado
entre os homens, em que devamos ser salvos.” (Atos 4.11-12)