Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Saturday 26 November 2011

Não Incrédulos, Nem Crédulos; Mas, Crentes

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Por isto, cremos que ela não está sujeita aos equívocos a que outras quaisquer literaturas estão sujeitas, como: más-interpretações, dados equivocados, conselhos, estímulos e ensinamentos questionáveis.
Entretanto, a Bíblia não é um livro de ciência (como de biologia, física e outras), não é uma enciclopédia de história e geografia, e não é livro de filosofia. Mas, sendo a revelação e o ensino redentivo (salvador) de Deus ao homens, isto é, a Palavra de Deus, ela realmente deveria dar evidências disto, eximindo-se dos erros humanos; e isto ela faz. Seria possível e fácil colocar a Bíblia em descrédito; se de fato fosse possível demonstrar que ela apresenta erros. Assim, para que confiemos plenamente no que a Bíblia nos diz sobre a redenção (salvação), Deus preservou a sua Palavra Escrita de lapsos, até em outros aspectos (como históricos, geográficos etc).

Os autores dos livros da Bíblia, embora não possuissem os atuais recursos da ciência, embora tivessem formação profissional e acadêmica variadas, e escrevessem de acordo com suas próprias características e habilidades, foram conduzidos por Deus no registro das Escrituras Sagradas, isto é pelo Espirito Santo; e assim as Escrituras ficaram guardadas dos enganos do homem (1 Pedro 1.16-21)
Portanto, em matéria de religião, tomamos a Bíblia como nossa norma de fé e prática. Não devemos acreditar em tudo que provém da religião, e até mesmo de círculos identificados como cristãos. Um crente maduro (não incrédulo, nem crédulo) não acompanha movimentos de milagres, e de "revelações". Ao contrário, procura conhecer cada vez melhor a Bíblia, e por ela se orienta.

Além da evidência da ausência de erros autorais, os milagres que constam da própria Bíblia, são suficientes para nos convencer de que ela é a Palavra de Deus (Jo 20.30-31). A fé cristã não é produzida pela observação de milagres; mas, pelo ouvir a pregação da Palavra de Deus (Romanos 10.13-17). Jesus também ensinou que quem não crê mediante a Bíblia, tão pouco crerá, se puder ver um grande milagre (Lucas 16.31). A única revelação que realmente nos importa conhecer, crer e obedecer é a Bíblia, pois é a única pela qual,com certeza, os atos humanos são julgados (João 12.48). Por fim, somos advertidos de que pessoas podem se enganar e ser enganadas por milagres (Mateus 7.22-23) e revelações (Gálatas 1.8-9), que estão além (fora) da Bíblia.

A resposta que João Calvino deu, quando os opositores da Reforma lhe pediram sinais miraculosos para a confirmação de sua doutrina, foi que esta doutrina possuía o respaldo da Bíblia, que por sua vez, já estava suficientemente respaldada por milagres. E, devemos acrescentar, por sua unidade (ausência de contradições), profecias cumpridas e a ausência dos erros humanos.

Se não mais temos visto um mar se abrindo, descer fogo do céu, alguém andar sobre águas, multiplicação de pães e peixes, isto não significa que tais coisas não aconteceram. Mas, siginifica que o processo de composição da Palavra de Deus (Bíblia), que foi acompanhado destes sinais miraculosos, foi finalmente concluído (Hebreus 1.1-2; 2.1-4).

A igreja deve orar pelos enfermos, na expectativa de cura, não para promover milagres e estimular ou produzir a fé. Já mencionamos que a genuína fé cristã somente é produzida pela própria Palavra de Deus. Entretanto, a igreja ora pelos enfermos para buscar, em Deus, conforto e alívio para os que sofrem. Uma igreja fiel não pode honestamente afirmar que é capaz reproduzir qualquer milagre da Bíblia, e nem garantir a cura de qualquer pessoa enferma. Muito menos, poderia fazer tais declarações com o objetivo de atrair a atenção das pessoas. Uma fiel igreja prega, ensina a Palavra de Deus que é totalmente apta para promover a salvação, ensinar, corrigir educar, e aperfeiçoar o crente (2 Timóteo 3.14-17).

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