Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Sunday 20 November 2011

Devemos Confiar na Bíblia (parte 2)?

No último artigo procuramos mostrar que as suspeitas de que não temos preservados os escritos bíblicos em sua originalidade não têm fundamento. Da mesma forma, procuramos mostrar que os escritos bíblicos se apresentam a nós, não como lendas; mas, como registros de fatos, ainda que não no conceito contemporâneo e ocidental de História.

Os registros históricos e geográficos da Bíblia são fiéis.  Embora Israel e Judá nunca tenham sido potências mundiais, nem mesmo no periodo de Davi e Salomão; e, por consequência, seus grandes nomes (de pessoas e lugares) nunca tiveram a fama dos que estiveram ligados às grandes potências; a Arqueologia tem provido inúmeros e valiosos testemunhos aos registros do Antigo Testamento. Até pouco mais de um século atrás se poderia dizer que não havia evidência extra-bíblica quanto ao rei Sargão, ao povo hitita, aos patriarcas (Abraão Isaque e Jacó), ao rei Davi, e a Beltesazar rei de Babilônia. Porém, hoje isso seria absolutamente impossível.
O Cristianismo, a partir do início do quarto século se tornou a religião do Império Romano. Mas, sua história começa em uma pequena e pobre província do Império. Os fatos relacionados a Jesus Cristo não se deram em Roma, “o centro do mundo”, mas em algumas pequenas cidades da Palestina, e em Jerusalém. Embora o próprio Novo Testamento deva ser tomado como a principal e fiel fonte de conhecimento sobre Jesus; também neste campo de estudos da Bíblia, a Arqueologia testemunha a confiabilidade do Novo Testamento. O modo como o NT se refere à cultura, religião, política, geografia e história está em extraordinário acordo com a reconstituição arqueológica possível. Embora somente nos escritos do NT tenhamos preservados o ensino e obra de Jesus, não faltam testemunhos de sua historicidade em literatura extra-bíblica: em escritos judaicos como o Talmude Babilônico e no historiador Josefo; e nos escritores romanos de Plínio, Tácito e Luciano.
Embora haja abundantes testemunhos históricos e arqueológicos em favor da exatidão dos registros da Bíblia, há quem a aborde com suspeitas, por seus registros de milagres. Mas, os registros de milagres são consistentes com a natureza da Bíblia, que se apresenta como a revelação de Deus. Por exemplo, quanto às predições bíblicas que já tiveram cumprimento, elas são uma evidência de que realmente Deus estava falando por meio de seus profetas (Isaías 44.6-8). Os milagres que foram registrados na Bíblia, assim foram para que a tomemos como Palavra de Deus, e crendo sejamos reconciliados com Deus, por meio de Jesus Cristo (João 20.30-31).

A grandeza conteúdo da Bíblia (quando trata da perfeição de Deus, da vontade e da Lei de Deus, e ao tratar do modo e fim para o qual Deus criou o homem), sua consistência que se revela na ausência de reconhecidas contradições, e sua unidade que se mostra no seu progressivo edifício doutrinário de Gênesis a Apocalipse, são evidências de que ela é o que diz ser – a Palavra de Deus

O recíproco testemunho entre a Bíblia – a fiel Palavra de Deus e Cristo Jesus – o centro das Bíblia, o eterno Deus Filho, que morreu, mas ressuscitou para nossa justificação (Romanos 4.25); é outra decisiva razão para que confiemos na Bíblia (João 5.39).

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