Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Saturday 31 August 2019

Um Louco que Pensava ser Deus, ou simplesmente Emanuel?

Quem foi Jesus? O complemento “Cristo” significa que ele foi identificado como o Messias, aguardado e proclamado no mundo, especialmente entre os judeus, e por meio deles.
Porém, havia algo a respeito de Jesus que até os judeus achavam difícil de admitir: a divindade de Jesus. Não era inaceitável que Jesus fosse um profeta (um homem que fala em nome de Deus), ou até mesmo o próprio Messias, o grande libertador de Israel, e grande Rei das nações.
Entretanto, Jesus, além de identificar-se como o Messias (Cristo), também afirmava e confirmava a sua essência divina:
  • Ele aceitava adoração (Mateus 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 28.9,17).
  • Ele afirmou ser o “Senhor do Sábado” (Marcos 2.28).
  • Ele confirmou a exclusiva autoridade de Deus para perdoar pecados, e exerceu tal autoridade (Lucas 5.20-26).
  • Ele explicitamente declarou ser Deus, ao dizer: “Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:58) https://www.bible.com/1608/jhn.8.58.ara”
Discípulos e Apóstolos creram e declararam a divindade de Jesus:
  • Tomé, depois de duvidar da ressurreição de Jesus disse-lhe: “Senhor meu e Deus meu!” (João 20:28https://www.bible.com/1608/jhn.20.28.ara”
  • Tiago e Judas, meio-irmãos de Jesus, que a princípio podem até ter pensado que Jesus estivesse louco (Marcos 3.21; João 7.5), depois creram e declararam a divindade de Jesus, referindo-se a Ele como o Senhor (Tiago 2.1; Judas 4)
  • Pedro que, próximo à crucificação de Jesus, o negara, depois afirmou: “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.” (2 Pedro 1:1-2https://www.bible.com/1608/2pe.1.1-2.ara
  • Paulo, que aparece como duro perseguidor da fé cristã, também afirmou posteriormente: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:9-11https://www.bible.com/1608/php.2.9-11.ara
Se Jesus foi um louco que pensava ser Deus, como teria ele conseguido enganar tantas pessoas? Ele não dizia ser somente um enviado de Deus. Ele afirmava ser Deus, e os que nele creram, creram e testificaram que Jesus é Deus encarnado, em carne, corpo ou natureza humana.
Entre estes que creram e confessaram a divindade de Jesus havia incrédulos como Tomé, havia irmãos que conheciam Jesus na intimidade da família, e, não poucos, especialmente entre os Apóstolos, que enfrentaram a morte por causa de sua fé em Jesus, como Pedro e Paulo.
Ao considerar sobre a divindade de Jesus, em primeiro lugar é preciso perceber que muitos judeus que esperavam o Messias (seu salvador, redentor ou libertador), erraram em não perceber que este não poderia ser um mero homem.
Em sua história, Israelitas e Judeus já haviam tido muitos libertadores, como Moisés, Josué, varios juízes, até o grande rei Davi. Porém, nenhum deles trouxe uma libertação perene e eterna; e todos eles, apesar de seus feito heróicos, tinham suas próprias fraquezas.
A Bíblia, ao mesmo tempo em que registra a história desta sucessão de heróis, seus feitos e fraquezas, cria e sustenta a esperança de um libertador único e definitivo. Este salvará, não somente Israel, mas igualmente todas as nações, da condição (ou maldição) de viverem alienadas de Deus, estabelecendo o Reino de Deus, na Terra.
A alienação (separação) de Deus não é uma condição original, ela foi causada pela pela insatisfação do homem em relação à soberania de Deus. O homem desejou a liberdade de conhecer o mal. Porém, ao conhecer o mal, o mal passou a fazer parte, e tornou-se a característica dominante da natureza do homem (Gênesis 2.15-17). O homem tornou-se um pecador, transgressor da lei e da justiça (1 João 3.4), um inimigo do bem, e inimigo de Deus (Romanos 3.10-12).
O Messias é um libertador cósmico, universal. Ele deve ser maior que a totalidade da Criação. Ele é o vencedor do mal que transtornou e dominou a Criação, como revela o primeiro anúncio relativo ao Redentor: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15) https://www.bible.com/1608/gen.3.15.ara
O descendente da mulher é o Messias, o inimigo (tipificado por uma serpente) é o ser que incitou o homem à rebelião contra Deus. O inimigo haveria de ferir o Messias no calcanhar. Porém, o Messias esmaga a cabeça do inimigo, também tipificado por um dragão (Apocalipse 20.2).
É evidente, tanto pela história quanto pela razão, que este libertador (salvador, redentor), o Cristo ou Messias, não poderia ser um mero homem.
A Bíblia, no Antigo Testamento, a seção caracterizada como a Promessa (do Messias), dá varios indícios da coexistência das naturezas divina e humana na pessoa única do Salvador:

  • “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.” (Isaías 7:14https://www.bible.com/1608/isa.7.14.ara
  • “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” (Isaías 9:6-7) https://www.bible.com/1608/isa.9.6-7.ara
  • “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” (Daniel 7:13-14) https://www.bible.com/1608/dan.7.13-14.ara
  • “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miqueias 5:2https://www.bible.com/1608/mic.5.2.ara
O Novo Testamento, a seção da Bíblia caracterizada como o Cumprimento (da promessa relativa ao Messias), além de registrar as próprias declarações de Jesus e dos que nele creram (algumas já mencionadas), claramente afirmam a coexistência das naturezas divina e humana na pessoa de Jesus Cristo:

  • “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).” (Mateus 1:20-23) https://www.bible.com/1608/mat.1.20-23.ara
  • “Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1:30-35 ) https://www.bible.com/1608/luk.1.30-35.ara
  • “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:1-3,14) https://www.bible.com/1608/jhn.1.1-3,14.ara
Que o Messias ou Cristo é tanto Deus quanto homem (em uma só pessoa), a Bíblia deixa absolutamente claro.
Então, resta ainda alguma dúvida de que Jesus é o Messias, o grande e único Salvador do mundo? Contudo, há ainda lugar para uma pergunta, cuja resposta deve ser absolutamente conclusiva: Jesus venceu o mal e estabeleceu o Reino de Deus entre os homens? Enfaticamente, sim, Ele venceu o mal e estabeleceu o Reino de Deus entre os homens:

  • Jesus jamais errou, falhou ou pecou (João 19.28-30; 1 Pedro 2.22).
  • Jesus, como estava previsto, morreu em favor de pecadores. Ele definitivamente reconciliou pecadores com Deus (Romanos 3.21-26; 4.24-51).
  • Jesus venceu a morte, ressuscitando em glória (Atos 1.1-3-11).
  • Jesus deixou entre as nações a sua Igreja que continuará crescendo, conquistando as nações para a fé em Jesus, até a sua volta (Mateus 16.17-18; 28.18-20; Apocalipse 5.9-10).
Ninguém deveria desconhecer ou deliberadamente ignorar Jesus. Ele é o grande Emanuel, Deus conosco, agora, e para sempre.
A propósito, se alguém ainda perguntar: É a Bíblia a única fonte de informação sobre Jesus? Sim, ela é a única fonte de conhecimento a respeito de Jesus Cristo, e fonte absolutamente confiável.
Você já leu a Bíblia como a fonte de consulta sobre Jesus? Se não, experimente fazê-lo. Você poderá constatar que a Bíblia não é um livro (conjunto de livros) de “ajuda religiosa”, mas a “história da redenção”, registrada por homens que estiveram sob a direção do Espírito de Deus (2 Pedro 1.16-21).
Entretanto, não deixe de orar, pedindo que o mesmo Espírito o ajude a tirar o melhor proveito da consulta às Escrituras Sagradas, ou seja, o convencimento de que Jesus é o Cristo, nosso único e grande Redentor.
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Friday 3 May 2019

O que Você mais Deseja da parte de Deus?



O que você mais deseja da parte de Deus: saúde, emprego, um lugar para morar, solução de seus problemas e superação de suas limitações, ou simplesmente o “pão de cada dia”? Por mais lícitas e razoáveis que sejam estas expectativas, se são estas as suas, em relação a Deus, e são estes os assuntos dominantes de suas orações, então, sua religiosidade, piedade ou até cristianismo são completamente equivocados, e sua fé é inútil.

Tal fé é inútil porque não é a fé que nos reconcilia com Deus (Romanos 5.1). Aliás, tal fé pode até agravar nossa alienação de Deus, se nos faz pensar que estamos bem com Deus, na medida em estamos vivendo confortavelmente. A fé salvadora é aquela que nos reconcilia com Deus, e que é exercida a partir do desejo de conhecimento, comunhão e submissão a Deus.

A fé salvadora, muito mais do que simplesmente reconhecer nossa necessidade da ajuda de Deus, nos faz reconhecer nossa necessidade da misericórdia de Deus em perdoar nossa ignorância, inimizade e rebeldia contra Ele.

As primeiras e maiores dádivas que podemos receber de Deus são o conhecimento dEle, entrar e viver em relacionamento com Ele, e o privilégio de lhe servir. Se o que você realmente mais deseja de Deus é o Seu conhecimento, relacionamento com Ele, e a Ele dedicar ou consagrar-se inteiramente, tenha certeza de que seus anseios serão plenamente satisfeitos por meio de Jesus Cristo (João 14.6).

Ninguém, absolutamente ninguém, é reconciliado e torna-se amigo e servo de Deus pedindo e recebendo a cura de uma enfermidade ou qualquer outro benefício temporal ou material, mas pedindo e recebendo o perdão dos pecados, mediante a intercessão de Jesus Cristo (João 1.29; 15.12-15).

Ninguém é reconhecido como discípulo de Jesus Cristo obtendo grandes benefícios por orar em seu nome, ou realizando grandes obras em seu nome (Mateus 7.15-23). O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele em que, em virtude do conhecimento e amizade com Deus, fica evidente que já não é ele quem vive, mas é Cristo quem nele vive (Gálatas 2.20).

Muito mais do que qualquer outra coisa, Deus quer lhe dar a vida eterna; e a vida eterna é o conhecimento de Deus e a inquebrável comunhão com Ele, em (por meio de) Jesus Cristo (João 17.1-3; 24-26).

De tudo o que você vier a receber de Deus somente estas você manterá consigo e delas desfrutará nos momentos mais difíceis de sua vida, inclusive após a morte, eternamente: o conhecimento, a amizade e a sua completa entrega a Deus.

Friday 5 April 2019

O Culto a Deus II


Em artigo intitulado “Criados e Redimidos para o Culto a Deus” vimos que o culto (consagração e adoração) a Deus é o mais característico aspecto da relação do homem com Deus. Deus é digno deste culto; e o homem, além de poder encontrar nele o maior prazer e satisfação de sua vida, precisa dele; isto é, o homem precisa cultuar a Deus para recuperar, manter e desenvolver-se como ser criado à imagem e semelhança de Deus.

Também indicamos, naquele artigo, que a Igreja pode ser vista como “uma comunhão de pessoas caracterizada por um centralizador relacionamento com Deus; relacionamento este que se manifesta especialmente através da comunhão, dedicação, serviço e adoração a Deus, enfim, no culto a Deus”. Seja em seu aspecto universal ou seja em seu aspecto limitado a uma congregação (igreja) local, a Igreja é uma comunidade adoradora do único e verdadeiro Deus.

Ainda, no artigo mencionado acima, enfatizamos que é em Jesus Cristo que o propósito do relacionamento entre Deus e o homem se realiza; pois, é em Jesus Cristo que o relacionamento quebrado (por causa do pecado do homem) é restaurado; e, homens e mulheres de todas as nações tornam-se uma grandiosa e universal família de Deus (Efésios 2.11-22) - família de cultuadores a Deus.

Portanto, a Igreja, como resultado desta obra redentiva de Jesus, é principalmente uma comunhão ou comunidade de relacionamento ou culto a Deus.

Entretanto, a vida e morte de Jesus Cristo, além de reconciliarem com Deus os pecadores que se arrependem e creem, constituem-se no mais perfeito exemplo de como a Igreja cultua a Deus - oferecendo-se completamente a Deus, na vida, até a morte, como fez Jesus de modo absolutamente perfeito.

A Carta de Paulo aos Romanos, na seção que compreende os capítulos 12-15, trata da vida diária e prática dos crentes, da vida comum, do dia-a-dia da igreja. Esta seção começa com a seguinte exortação: Rogo-vos, pois irmãos... que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12.1).

Neste versículo, Paulo usa a ideia do antigo e simbólico (e ultrapassado) culto a Deus na forma do oferecimento, dedicação ou sacrifício de um animal. O primeiro destes sacrifícios oferecidos pelo homem foi feito por Abel (filho de Adão) e caracterizado como uma oferta “das primícias do seu rebanho” (Gênesis 4.4). Esta forma de culto também foi realizada pelo patriarca da humanidade, Noé (Gênesis 8.20-21); e por Abraão, patriarca de Israel (Gênesis 15).

A nação de Israel, ainda no Egito, mas prestes a deixá-lo, também cultuou a Deus por meio do sacrifício de cordeiros (Êxodo 12). A observância deste dia tornou-se uma prática anual, chamada Páscoa.

Israel ainda peregrinava no deserto, quando Deus ordenou que fosse feito um tabernáculo, como símbolo de sua habitação entre o povo de Israel (Êxodo 25.8). O Tabernáculo ficava em lugar central, entre as tribos de Israel; ali era o lugar onde as famílias de Israel deveriam oferecer seus sacrifícios a Deus. Isto também significava a centralidade da relação com Deus e do culto na vida da nação de Israel.

Esses sacrifícios, implicavam principalmente na morte do animal e sua consumação completa. Na oferta que era chamada “holocausto”, a oferta era totalmente queimada no altar. Em outras ofertas, além da parte queimada em um altar, tanto os sacerdotes como os ofertantes comiam parte da oferta.

Esses sacrifícios, acima de tudo, significavam o culto ou oferta perfeita de Jesus, em todo o seu estado de servo humilde, tanto na vida (após seu nascimento ou encarnação) quanto na morte. Esta oferta de Jesus, a única que honrou e agradou plenamente a Deus, é também creditada por Deus em favor dos pecadores arrependidos que creem nele; e assim, Deus os justifica, reconciliando-os consigo mesmo (Hebreus 7.22-28).

Por consequência e razão óbvia (a unidade entre Jesus e os que nele creem), os mesmos sacrifícios também significavam a oferta (culto) que esses pecadores (então justificados pela fé) faziam (no passado) e fazem (hoje) de si mesmos a Deus, seguindo a oferta perfeita de Jesus (1 Pedro 2.1-8).

A nação de Israel, no passado, tipificava a Igreja de todas as nações, hoje. Assim como, conforme o significado dos sacrifícios, Israel deveria ser uma “nação santa” (Êxodo 19.5-6); a Igreja, composta de diversas nacionalidades, é “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus...” (1 Pedro 2.9).

Considerando que, mais do que meramente apresentar ou simbolizar um culto, devemos ser um culto, um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Romanos 12.1); precisamos corrigir certas falsas ideias relacionados ao culto:

1. A falsa ideia de que cultuamos a Deus direta e isoladamente - Somente cultuamos a Deus por meio de Jesus Cristo, e, consequentemente unidos a todos os também por meio dele cultuam a Deus. Se não cultuamos a Deus separados de Jesus Cristo, também não cultuamos a Deus separados da Igreja de Cristo. O sangue de Cristo, que faz andar na luz, de modo que nossa vida seja um culto agradável a Deus, também nos faz viver em comunhão com outros, irmãos (1 João 1.7).

2. A falsa ideia de que cultuamos a Deus somente em determinados momentos - Nossa vida inteira deve passar-se no “altar” da consagração a Deus. Em todo tempo, tudo o que pensamos, falamos ou fazemos, devemos fazer “tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31; Colossenses 3.17). Isto é possível; porque, se pecarmos, “o sangue de Jesus... nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7-9).

3. A falsa ideia de que cultuamos a Deus com coisas que lhe ofertamos - As coisas que ofertamos somente têm valor se elas realmente significam e expressam que nossas próprias vidas são completamente consagradas a Deus. Assim foi a oferta de uma pobre viúva para a qual Jesus dirigiu a atenção de seus discípulos, uma pequena oferta que realmente significava sua completa confiança e total consagração a Deus (Lucas 21.1-4).

Tuesday 26 February 2019

Criação, Casamento e Relacionamento com Deus


Se você ainda não se casou, ou está casado há poucos meses ou anos, se já está casado há alguns anos e já tem filhos, ou mesmo você que esteja casado há muitos anos, tendo ou não netos, leia Gênesis 2 (na Bíblia), e considere isto seriamente:
  • Deus criou o homem para lhe dar a vida eterna, isto é para dar ao homem um íntimo e profundo conhecimento de Deus, de modo que a comunhão e relacionamento do homem com Deus se tornassem eternos, inquebráveis, imortais (Gênesis 2.8-9).
  • Deus criou o homem para ignorar o mal, e somente conhecer e praticar o bem (Gênesis 2.15-17).
Considere também que Deus criou o homem com aptidão e habilidade para ser uma “unidade dual”, constituída de um homem e uma mulher (Gêneses 2.18, 21-24).
Geralmente admitimos que melhor é serem dois para as mais diversas situações da vida como no trabalho, no caso de um acidente, no frio e quaisquer adversidades (Eclesiastes 4.9-12).

Contudo, considere isto: a primeira grande finalidade, importância, e responsabilidade do homem e da mulher no casamento é a mútua ajuda para:
  • O estímulo e a busca do conhecimento de Deus que gera e sustenta a vida eterna, a eterna comunhão com Deus.
  • A exclusiva busca do conhecimento e prática do bem (boas obras).
Se você ainda não se casou, peça a Deus, e esteja determinado(a) a encontrar uma companheira ou companheiro que vá encorajá-lo(a) e ajudá-lo(a) na busca do conhecimento, comunhão, confiança, submissão a Deus.

Se você já está casado(a), não importa há quantos anos, e está convencido de que seu cônjuge não o estimula e ajuda na busca do conhecimento e comunhão com Deus, nem pense em separar-se dela(e); ao contrário, faça dela(e) o seu primeiro objetivo de oração, testemunho de Jesus Cristo (em atitude e palavra).

Estimule e compartilhe o conhecimento de Jesus Cristo com o seu cônjuge; pois é precisamente o conhecimento de Jesus Cristo que nos dá a vida eterna, que nos coloca em comunhão com Deus, e nos torna filhos de Deus (João 1.1-14; 17.3).

Comer o fruto da árvore da vida significava obter um nível ou qualidade de conhecimento e comunhão com Deus que nos confere a vida eterna. Esta árvore e seu fruto simbolizam o Verbo, o Eterno e Unigenito Filho de Deus, Jesus Cristo (João 1.1-4).

Como nos tornamos pecadores, e o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23), não podíamos mais obter aquele nível ou qualidade de conhecimento e comunhão com Deus que nos confere a vida eterna, sem que o Verbo se fizesse carne (João 1.14), e se tornasse o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29).

Após o homem haver pecado o conhecimento de Deus que dá ao homem a vida eterna tem um elemento a mais - a morte do Filho de Deus pelos pecadores. Assim, o conhecimento de Deus que nos dá a vida eterna inclui o conhecimento da encarnação do Verbo (o Filho), sua morte (e ressurreição).

A obtenção do conhecimento de Deus, da admissão à inquebrável comunhão com Deus e do recebimento da vida eterna já não são mais simplesmente simbolizados pelo ato de comer diretamente o fruto de uma árvore, mas pelo comer o pão e beber o vinho (Mateus 26.26-28; João 6.32-33, 35, 38-40, 47-51, 53-57). Pois, comer o pão (o trigo moído) e beber o vinho (a uva esmagada) simboliza o reconhecimento de que Jesu Cristo morreu pelo nossos pecados.

A vida eterna não era um direito, nem tão pouco um atributo da criação do homem, mas um dom de Deus. O pecado tornou impossível a recepção deste desejável dom. Porém, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigenito, par que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Você tem esse conhecimento de Deus? Ou seja o conhecimento de Jesus Cristo, quem Ele é, e o que Ele fez e faz por você?

O conhecimento de que Deus existe e de que Jesus foi um bom homem, ou um grande profeta, não fazem muita diferença.

Entretanto, o conhecimento de que Deus dá a vida eterna por meio de Jesus Cristo, este sim, faz total diferença. Este é o conhecimento de Deus que o coloca em uma inquebrável comunhão e relacionamento com Deus, que lhe dá a vida eterna.

Seu cônjuge já tem este conhecimento de Deus? Se não, com sua atitude estimule-o a buscar, e com suas palavras compartilhe este conhecimento.

Se você e seu cônjuge já têm o conhecimento de Jesus Cristo, estimulem e ajudem seus filhos à busca do mesmo.

Então, viva de modo que estimule e comunique verbalmente a outros (em sua vizinhança, cidade, nação, e além) o conhecimento de Jesus Cristo, nosso grande Salvador e Senhor.


Se você tem alguma pergunta quanto ao que leu, ou deseja avançar no conhecimento de Deus, teremos grande satisfação em ajudar.

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Saturday 12 January 2019

Viver com e para a Glória de Deus - Nossa Razão para Viver


Deveríamos oferecer nossas vidas completamente a Deus, o Criador, como gratidão por nos haver criado, e chamado cada um de nós à existência. Nossa vida deveria ser inteira ou continuamente um culto a Deus. Neste culto, enquanto tributamos a Deus a honra e glória que lhe são devidas, deveríamos desfrutar nosso maior prazer e satisfação.

Porém, por causa dos nossos pecados, não somos uma oferta agradável a Deus, nem apreciamos devidamente Deus e sua companhia. Nem ao menos merecemos viver; por isso, morremos (Romanos 3.23; 6.23).

Entretanto, Deus nos deu um grande salvador, seu Filho Eterno. Para isto, Ele (o Filho) se encarnou (João 1.1-13), isto é, assumiu a natureza humana mortal (Filipenses 2.5-11). O seu nome é Jesus, que significa Salvador (Mateus 1.21).

Nesta condição assumida, de um homem servo humilde, Jesus ofereceu-se de modo completo e perfeito a Deus. Viveu de modo agradável a Deus, e jamais pecou (Mateus 17.5; 1 Pedro 21-22). Em toda a sua vida como um servo humilde (desde seu nascimento até sua morte), Jesus cultuou (honrou e agradou) perfeitamente a Deus.

Além disso, para cumprir o propósito de Deus quanto a salvação de pecadores, Jesus ofereceu sua vida a Deus, o Juiz Supremo. Jesus ofereceu sua vida na cruz, morrendo, não por seus pecados, pois não os tinha. Ele morreu pelos pecados de todos os haverão de ser salvos (Romanos 5.6-8), para viver com e para a glória de Deus.

Em Jesus, Deus começa uma nova humanidade, não descartando a humanidade pecadora, mas redimindo-a. Isto é o Evangelho, a “boa notícia”, mensagem de Deus à humanidade.

É simples assim, aos que creem, Deus lhes atribui (credita, transfere, concede) os méritos de Jesus Cristo.

Aos pecadores arrependidos, como o Juiz Supremo, Deus atribui o perfeito sacrifício de Jesus Cristo na cruz, sua morte; assim, todos os seus débitos com a Justiça Divina são quitados (1 Coríntios 1.30-31; Colossenses 2.13-14).

Aos que creem, mesmo sendo pecadores, incapazes agradar a Deus, como o Criador, Deus lhes atribui a vida perfeita de Jesus, o Servo humilde, como o culto ou consagração da própria vida que cada ser humano deve a Deus, em gratidão por seu chamado à existência.

Os que creem em Jesus, Deus os vê unidos a Jesus. Por isto:

1. Unidos a Jesus em sua morte e ressurreição; os que creem em Jesus estão livres condenação e domínio do pecado (João 5.24; 8.34-36), são novas criaturas que viverão eternamente, com e para a glória de Deus (Romanos 6.1-11; 2 Coríntios 5.14-17).

2. Unidos como uma família em que Deus é o Pai; Jesus é o Filho; e os que creem em Jesus são também chamados “filhos de Deus” (João 1.11-12; 1 João 3.1).
3. Unidos a Jesus como o Príncipe e Herdeiro da Criação, os que creem em Jesus são seus seus co-herdeiros de uma nova e gloriosa era (Romanos 8.12-17).

O “mundo” não vai acabar. Ele será transformado, pelo infinito poder Deus que o criou e pelo poder redentivo de Jesus que o salvou.

Somente encontraremos plena razão, satisfação e alegria vivendo para a glória de Deus; mas isto somente é possível pela intermediação de Jesus, também chamado Emanuel, que significa “Deus conosco” (Mateus 1.21-23). Creia nele.