Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Tuesday 26 July 2011

Por que Jesus Voltou para o Céu?

Alguns críticos do cristianismo perguntam: por que Jesus voltou para o céu ao invés de dar imediata continuidade ao seu reino? Realmete, embora o Antigo Testamento esteja repleto de promessas da vinda de Cristo, ele não parece indicar um intervalo entre uma primeira e segunda vindas de Cristo, e que este seria um período de expectação pela plena manifestação do Reino de Deus.

Em primeiro lugar devemos enfatizar que a revelação de Deus tem caráter progressivo, na História e no Cânon Bíblico. Assim, nos foi dado conhecer gradualmente o Redentor, desde sua primeira promessa até sua manifestação; igualmente, a Obra da Redenção nos é gradualmente revelada, de Gênesis a Apocalipse.

A revelação redentiva não ficou concluída no Antigo Testamento; mas no Novo Testamento. Por exemplo, em Gênesis 3.15, o Redentor nos é apresentado somente como o “descendente da mulher”; em Deuteronômio 18.15-22, Ele nos é revelado como sendo o maior dentre os profetas; em Isaías 9.6-7, o Redentor é um rei de atributos divinos; em Malaquias 3.1, Ele é o Senhor.

É somente no Novo Testamento que vemos todas as diferentes referências e descrições do Redentor reunidas na única e extraordinária pessoa divina-humana de Jesus Cristo. Assim como no Novo Testamento temos a plena revelação do Redentor que é Jesus Cristo, é também no Novo Testamento que encontramos a plena revelação do divino plano da Redenção.

Jesus mesmo nos dá indicações sobre as razões pelas quais Ele, após sua ressurreição, Ele voltou ao Céu, ao invés de começar imediatamente seu visível reinado na Terra.

1.      Jesus voltou ao Céu, isto é ao Pai, porque Ele cumpriu a expiação dos nossos pecados (Jo 17.4-5; 19.30). A morrer na cruz, Jesus cumpriu perfeitamente o que estava profetizado em Isaías 53.4-5. Ele sofreu o castigo que merecemos por causa dos nossos pecados e estabeleceu nossa paz ou reconciliação com Deus. Com um único e próprio sacrifício, Jesus Cristo de uma vez por todas expiou os pecados de todos os que nÊle creram, crêem e ainda vierem a crer (Hb 7.22-27; 9.11-12).

2.      Jesus voltou ao Céu para preparar lugar para muitos (Jo 14.1-3). Como já foi indicado  anteriormente, Jesus morreu para expiar os pecados e salvar não somente crentes que viveram antes de Sua encarnação ou dos que foram Seus contemporâneos; Ele morreu para expiar os pecados e salvar uma inumerável multidão (Ap 7.9-10) que inclui também outros que têm sido chamados à existência e à Igreja de Deus por meio do Evangelho. Este número Deus conhece perfeitamente (Ap 6.11; 7.3-4).

3.      Jesus voltou ao Céu para enviar o Espírito Santo, à sua Igreja (Jo 16.1-15). É através de Sua Igreja, a quem Jesus deu a comissão de evangelizar todas as nações (Mt 28.18-20) que o número dos redimidos pelo sangue de Jesus Cristo vai crescendo. Este trabalho exige da Igreja idoneidade, poder e perseverança. Sem o Espírito Santo agindo poderosamente na Igreja e em cada crente individualmente, esta missão seria impossível. Jesus voltou para o Céu para enviar o Espírito Santo que também consola a Igreja em todos os seus sofrimentos.

4.      Para administrar a expansão de sua Igreja. Na Grande Comissão (Mt 28.18-20) Jesus também fez referência à sua total autoridade “no céu e na terra”. Com tantos e tão poderosos inimigos, visíveis e invisíveis, a Igreja jamais cumpriria a sua missão se o Senhor Jesus Cristo não ajudasse “do alto”, controlando o poder a a ação dos inimigos. Jesus Cristo é ao mesmo tempo o Cabeça da Igreja e Soberano Senhor do Universo (Ef 1.19-23). Ele comanda a Igreja a sair ao mundo pregando o Evangelho, mas também controla e restringe todos os pederes hostís (Mt 10.24-33).

5.      Para aguardar o Dia do Senhor. Jesus disse que o Evangelho haveria de ser pregado a todas as nações, e, então, viria o fim (Mt 24.14). O fim significa o fim de uma era ou ordem. De fato trata-se de uma transição da forma como Jesus governa, desde sua anscensão. O dia desta transição é chamado o Dia do Senhor (2 Pe 3.10). Este é o dia da consumação da História e da Redenção para a entrada na eterna bem-aventurança, a tansição dos presentes céus e terra, para os Novos Céus e Nova Terra. Então o reino de Jesus Cristo já não mais será visto pela fé somente, como o é agora, mas será plenamente visível em todo lugar e a todas as criaturas (homens e anjos). O próprio Jesus, nos dias de sua humilhação (antes sua ressurreição e ascensão), declarou que esse “dia e hora” somente o Pai conhecia (Mt 24.36).

Jesus não estabeleceu o seu reino em plena visibilidade na terra imediatamente após a sua ressurreição, mas voltou a Céu, porque àquele tempo sua Igreja não estava completa. Quando este “edifício” (casa, familia ou povo) estiver completo, certamente Jesus Cristo voltará e finalmente estabelerá o reino tantas mencionado e tão desejado pelos profetas.

Monday 18 July 2011

Despertemos, Filhos de Deus!

Milhares de crentes estão “dormindo de olhos abertos” enquanto a Casa de Deus está sendo assaltada e dominada por falsos profetas que não pregam ou ensinam as sublimes verdades reveladas nas Sagradas Escrituras.

As Casas de Oração (igrejas) estão cheias de coisas estranhas quando comparadas às igrejas primitivas, ou às igrejas que no princípio abraçaram ou se estabeleceram em consequência da Reforma. Crenças e práticas estranhas ou condenadas pela Palavra de Deus, que os gentios nos primeiros séculos abandonaram ao ingressar na Igreja e que os Reformadores do século XVI expugaram da Igreja, estão voltando, e, incrível e absurdamente, sob a pretensa idéia da redescoberta e renovação do Espírito Santo.

Será que o Espírito Santo que no primeiro Pentecostes após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, que veio para dar à Igreja uma plenitude da presença de Deus jamais experimentada antes em toda a História da Redenção, e por isso tornou inútil o complexo cerimonial do culto vétero-testamentário, traria de volta em algum tempo da história da Igreja as sombras e símbolos da presença e do poder de Deus?

Por que o Espírito Santo traria de volta ao povo de Deus os homens, lugares e objetos “poderosos” do passado e da mais antiga história do povo de Deus, se Deus já se manifestou em carne (isto é, o prometido Cristo já veio), e a promessa do derramamento do Espírito Santo já se cumpriu? E mais, como o Espirito Santo permitiria na Igreja hoje o que jamais foi permitido, como o culto visual e sensual dos povos idólatras?

Muitos pregadores falam que Deus ama aos pecadores, mas omitem que Deus julgará e banirá completa e irreversivelmente de sua face, para eterno terror, todos os pecadores que não se humilharem confessando seus pecados e confiando em Jesus Cristo somente como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Hoje, os cultos em geral são feitos para atrair e agradar aos pecadores para que voltem, e voltem mais vezes, e se tornem frequentes. Estes são desde suas primeiras visitas chamados a se “associar” à igreja “como estão”. É também permitido aos frequentadores e visitantes participar da Santa Ceia sem que se verifique se podem “discernir o corpo” (1 Co 11.29). Como a Lei de Deus também não é ensinada e lembrada, os que se congregam se utilizam de padrões ou conceitos seculares ou  mundanos para decidir se podem ou não comer e beber dignamente (1 Co 11.27).

A disciplina eclesiástica já não é mais observada; por isso, até verdadeiros crentes vão se definhando em seus pecados e ímpios vão se fortalecendo, dominando a igreja e remodelando a face da igreja.

Os pastores já não amam o rebanho de Deus, querem grandes igrejas para aumentar seu poder, e têm se transformado em grandes levantadores de fundos financeiros. Não se importam mais em conhecer pessoalmente suas ovelhas, mas estão contentes em ver o rol de membros e a receita anual crescer.

Em grande parte das igrejas, os filhos de Deus que ainda podiam comparar uma simples e fiel igreja com a que foi assaltada pelos falsos profetas estão morrendo; seus filhos e netos nunca viram ou estiveram em uma igreja simples e fiel. Por isso, em geral, os crentes hoje pensam que tudo está muito bem, que estão em uma igreja normal (bíblica); eles não percebem que a comodidade das tradições, a influência dos modismos e a força da cultura transtornaram a igreja, seu culto e vida.

Despertemos filhos de Deus, não esperemos que ídolos de madeira e pedra sejam colocados nas nossas casas de oração, os mais perigosos ídolos são os que “levantamos em nosso próprio coração” (Ez 14.3). Nossa melhor proteção contra toda forma de idolatria é o culto em “espírito e em verdade” (Jo 4.24).

No passado, o povo de Deus no caminho da apostasia se congregava para se divertir (Ex 32.2) e comer a carne dos sacrifîcios (Os 8.13). Hoje o povo no caminho da apostasia pede mais música, coreografia e dramatização. Porém, o fiel ministro da Palavra de Deus, não deixa de pregar “todo o desígnio de Deus” (At 20.27), continua trazendo a fiel doutrina para a igreja (2 Tm 3.14-4.5) e pregando no mundo o evangelho cristocêntrico (1 Co 2.1-2).

Porque Sou Cristão

Há muitos que desprezam o Cristianismo. Em parte, o fazem por causa de erros
que nós mesmos cristãos temos cometido. Mas, em parte, também pelo próprio
conteúdo da fé cristã, que considera o homem um pecador que necessita de
arrependimento, perante o Deus Justo. Porém, devo dizer: não me envergonho
de ser cristão. Ao contrário, me sinto confiante e profundamente satisfeito
a respeito de minha fé.

Sou um cristão, em primeiro lugar, porque o cristianismo se me apresenta não como uma religião que seja resultado da cultura, misticismo, nem da "ciência humana",
na busca de um deus escondido. O Cristianismo é o fruto do propósito e iniciativa
de Deus em se revelar ao homem, em palavras objetivas e inteligíveis, e na
história. Esta é a própria orígem e essência da Bíblia, que gera e sustenta
a fé cristã.

Outra razão para ser um cristão é o Deus que o Cristianismo me apresenta.
Ele é o Eterno, infinito em seus atributos como poder e sabedoria. Ele é
justiça e amor. Ele é absolutamente soberano, porque governa a tudo e a
todos. O Deus reveladona na Bíblia ou sumamente em Cristo é absolutamente independente, perfeito e completo em si mesmo, pois é uma trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ele não é um temível poder a ser aplacado por oferendas; nem uma grande força, manipulável com proveito por orações. Ele é o majestoso divino ser pessoal que tem sentimentos, pensamentos e vontade absolutamente santos e infinitamente superiores aos homens, mas que interage com o homem.

O cristianismo apresenta a melhor, razão para a "ausência de Deus". É
frustrante notar que muitos sonhos e ficções humanas se realizem, enquanto
Deus continue oculto. Podemos ver a glória de Deus nas obras da Criação, mas
não podemos ver a glória da presença de Deus no mundo, onde se vê muita
maldade e pouco bem. O Cristianismo apresenta o único razoável motivo para
tão significativa ausência - o pecado do homem. A Fé Cristã esclarece que a
companhia de Deus entre a humanidade pecadora é uma impossibilidade
absoluta. Foi necessário que Deus se "ausentasse" do homem para que este
pudesse viver, pelo menos, até aos 70 ou 80 anos, nesta paraíso terreste que
Deus criou, e o homem continua transtornando, agora em uma velocidade sem precedentes.

Outra grande razão para ser um cristão é porque o cristianismo apresenta a
mais singular, original e consistente solução para o problema da ausência de
Deus. Sendo Deus o tão indescritível santo ser que é, e estando o homem
condenado ao eterno banimento da presença de Deus, por causa de seus pecados, o Pai, por seu incompreensível amor, cedeu o Filho para assumir a natureza humana, viver sem pecado, morrer por causa do pecado (do homem) e ressuscitar, eliminando o pecado e sua consequente e justa condenação, e tornar-se assim o perfeito Redentor (Salvador) do homem.

Uma razão adicional para ser um cristão é o futuro que o cristianismo nos
faz esperar. Jesus Cristo, o Redentor voltará para concluir a redenção de
toda a Criação. Ele libertará a Criação do cativeiro a que esteve sujeita
por causa do pecado do homem  e estabelecerá Novos Céus e Nova Terra, onde
haverá justiça e paz eternas. O Deus triuno habitará eternamente com a
humanidade redimida, jamais haverá novamente tristeza, dor e nem morte.

Poderiam existir melhores razões para que qualquer pessoa abrace a fé
cristã? É uma pena que muitos cristãos não sejam consistentes em seu modo de
viver particular e coletivo, despertando suspeitas e reservas. Porém, não
existe qualquer religião capaz de produzir em uma pessoa mais alegria e
vontade de viver, menos mêdo e desespero em face da morte, que a Fé Cristã.
O Deus do cristianismo é realmente Deus, é o Todo-poderoso, ele ama gente,
forma um povo, e conhece o mais anônimo de seus filhos.

Fé e Verdade

Fé e Verdade

Que relação existe entre Fé e Verdade? Primeiro, é necessário que tenhamos em mente o que são estas coisas. Por Fé, não nos referimos a uma crença religiosa qualquer, ou a uma capacidade humana de desenvolver ou de se envolver em alguma religião. Também, a Fé em que estamos pensando não é aquela confiança interior de que alguma coisa, ou de que todas as coisas, vão correr bem. Referimo-nos à Fé como confiança em uma notícia (ou anúncio), e ensino (ou doutrina).

Reconhecemos que estamos num mundo de mudanças; e hoje, de mudanças rápidas e radicais. Por isso, as pessoas em geral dão menos importância à Verdade, julgando ser ela impossível, inexistente e até inútil. Parece que hoje estamos de tal modo convencidos de que “tudo é relativo”, que já nem é necessário repetir isso tantas vezes. Embora seja admiravelmente grande, e esteja crescendo rapidamente, o conhecimento humano tem suas limitações e variáveis. De fato, o conhecimento humano, isto é, o conhecimento adquirido pelas ciências é, e sempre será fragmentado, e por isso, relativo. Entretanto, se estes fatos nos conduzirem ao descrédito e indiferença quanto à Verdade, nossa perda pessoal e social será inestimável.  

Por outro lado, a Bíblia além de nos falar e ensinar sobre um Deus único e pessoal (de fato tripessoal: O Pai, O Filho e o Espírito Santo), revela-nos que Ele tem o perfeito e infinito conhecimento (Romanos 11.33). Isto significa que o conhecimento de Deus é isento de qualquer limitação. Seu conhecimento não é fragmentado; ele é completo e absoluto. O conhecimento de Deus não muda de acordo com o tempo.

Sendo o conhecimento de Deus perfeito e infinito, a Sua Palavra escrita (a Bíblia) é chamada: a Verdade (João 17.17). É pelo mesmo motivo, que Jesus Cristo, a segunda pessoa da Trindade, O Filho; que havendo assumido a natureza humana sem qualquer perda da natureza divina; Ele que é a Palavra de Deus em pessoa (João 1.1-14) se apresenta como “o Caminho, a Verdade e a Vida”, como o único meio de acesso ao Pai (João 14.6).

Portanto, apesar de saber que o conhecimento humano é relativo, e também que nem tudo que é anunciado e ensinado é verdadeiro; quer seja por limitação de conhecimento, quer seja por dolo; não confundamos a Verdade de Deus com o limitado conhecimento humano, ou com a mutabilidade das tradições e modismos humanos.

Fé é confiança, certeza, é convicção (Hebreus 11.1). Verdade é a Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas, cujo assunto assunto principal é Jesus Cristo, sua pessoa, ensino e obra. Portanto,  há grande relação entre Fé e Verdade, estas devem andar juntas. Se alguns não crerem, a Verdade não deixará de ser o que é, mas aqueles que confiarem na Verdade, por ela serão verdadeiramente libertados (João 8.32).