O conhecimento de Jesus Cristo torna ridícula a torcida fanática por um time de futebol, e incabível a dedicação a qualquer ídolo da música, cinema ou esporte.
Conhecer Jesus Cristo é também totalmente diferente de encontrar uma religião que atenda nossos anseios, sejam estes espirituais ou materiais; conhecer a Cristo é conhecer a Deus (João 14.6). Isto deve ser dito, proclamado; embora possa parecer insensível ou até ofensivo, especialmente a seguidores de religiões não “cristãs”. Jesus não é propriedade de uma religião, nem tão pouco das chamadas religiões cristãs. Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ninguém conhece o que de Deus se pode conhecer como Salvador, senão através do conhecimento de Jesus Cristo (João 14.6; 17.3).
Entretanto, é também importante ressaltar conhecemos a Jesus não por iniciativa, mérito ou esforço nosso. O conhecimento de Jesus é resultado da condescendência de Deus; isto é, da livre, soberana e expontânea vontade de Deus em se dar a conhecer a nós, apesar dos nossos pecados, pelos quais fomos, com justiça, banidos a presença de Deus.
Quem conhece a
Jesus experimenta uma radical mudança em sua existência; qualquer que tenha
sido o seu centro gravitacional (religião, partido ou teoria política, esporte,
trabalho, família), alguém que conheceu a Jesus Cristo, passou também a tê-Lo
definitivamente como o centro de sua vida.
Por isso, Jesus
Cristo é pregado como o Salvador e Senhor (Romanos 10.9; Filipenses 2.9-11);
pois, conhecendo a Jesus Cristo, passamos a viver para Ele; e viver para Cristo
é efetivamente viver para Deus; pois Jesus Cristo é Deus em sua mais completa e
perfeita manifestação ao homem (João 1.1-3,14,18).
Depois que
conhecemos a Jesus, tão real, íntima e satisfatória é a nossa relação com Deus
que, queremos, acima de qualquer coisa, ver Jesus Cristo glorificado em nossa
vida, na Igreja e no universo. Depois que conhecemos a Cristo, “o viver é
Cristo”, nada é mais importante, nem a nossa própria sobrevivência (Filipenses
1.21).
Cristo Glorificado
em Nossa Vida
Jesus Cristo é
glorificado em nossa vida na medida em que Ele, seus pensamentos, palavras e
obras se manifestam através de nós. Para que isto não seja mera ideologia, mas
uma realidade, temos nas Escrituras Sagradas a “Lei de Deus” que Jesus cumpriu
perfeitamente, e temos os “Evangelhos” onde os pensamentos, palavras e obras de
Jesus estão registrados. Lendo e estudando os Evagelhos, desfrutamos os mesmos
privilégios dos primeiros discípulos de Jesus, é como se estivéssemos andando com
Ele, seguindo-O, observando Suas atitudes, ouvindo Seus ensinos e vendo Suas
obras. Além disso, fomos (os que conhecem e crêem em Jesus Cristo) ungidos,
batizados, ou simplesmente recebemos permanentemente o Espírito Santo, como o
Consolador (João 14.16-17), para compensar (suprir) na temporária ausência
física e visível de Jesus Cristo, entre os seus discípulos. O Espírito Santo,
que é o Espírito de Jesus Cristo (Filipenses 1.19), habitando permanentemente
em nós como igreja (congregação) e crentes individualmente, é mais influente e
poderoso que a própria presença visual de Jesus. Qualquer pessoa que pudesse
ver a Jesus poderia, contudo, ignorar ou rejeitá-Lo em seu coração, como
efetivamente aconteceu durante o ministério público de Jesus. Entretanto, quando alguém recebe o Espírito de Cristo,
Cristo está efetivamente no centro de sua razão e afeição.
Portanto, para quem
tem (recebeu) o Espírito Santo e lê as Escrituras, especialmente os Evangelhos,
está sendo real e poderosamente discipulado por Jesus Cristo; e ser discipulado
por Jesus Cristo é aprender Seus santos pensamentos, palavras e obras; e isto é
ser Jesus Cristo glorificado em nossas vidas.
Para quem realmente
conhece Jesus Cristo, não há nada mais desejável nesta vida do que “andar” com
Jesus Cristo, certamente, em primeiro lugar,
pelo prazer da Sua companhia, mas também pelos frutos desta companhia de
Jesus que trasnforma nosso ser segundo os pensamentos, palavras e obras de
Jesus Cristo.
Ser cristão, não
simplesmente ter uma religião cristã, é conhecer Jesus Cristo e nÊle crer, ser Seu
discípulo e andar com Ele todos os dias (pelo poder do Espírito Santo e instrução
dos Evangelhos). Ser cristão é ser servo de Cristo por amor a Ele, com o amor
que é devido somente a Deus, “de todo o coração, de toda a alma, de todo o
entendimento” (Mateus 22.37-38); pelo reconhecimento de que Ele é Deus, em
forma, natureza e corpo humanos (João 1.14).
É impossível
conhecer a Jesus, e não viver com Ele, por Ele, e para Ele; que todos nós, que
se consideramos cristãos, pensemos nisso seriamente, e avaliemos a realidade, qualidade
ou profundidade de nosso conhecimento de Jesus Cristo, pois disso depende a
nossa salvação.
Cristo Glorificado
na Igreja
O discípulo de Jesus
Cristo aprende que Jesus é glorificado na Igreja na medida em que ela se
manifesta como o Reino de Cristo na Terra (Mateus 5.1-16). Por isso, o
discípulo de Jesus é totalmente comprometido com a Igreja de Jesus, como Jesus
o é. O discípulo de Cristo é totalmente comprometido com o bem da Igreja; isto
é, com o seu crscimento saudável.
O discípulo do Senhor
sabe que a Igreja é a manifestação antecipada do Reino de Deus (também chamado
Reino dos Céus ou Reino de Cristo). A Igreja não é ainda o Reino de Cristo em
sua perfeição e plenitude, mas os primeiros frutos do Reino, antecipados na
presente era, em que o Reino ainda está em fase de conquista.
O fiel discípulo de
Cristo não ignora que a igreja ainda não é perfeita, mas, como o Seu Mestre,
ele não desampara a igreja,que ainda sofre os efeitos temporais de seus
próprios pecados; ao contrário, o discípulo se empenha "de corpo e
alma" pelo aperfeiçoamento da Igreja; a fim de que esta, esteja ela no
desejável caminho do progresso ou no triste desvio do alvo, continue ou volte à
rota da perfeição em Cristo Jesus.
Pode alguém ser
cristão e nao amar a igreja de Cristo? Pode alguém ser cristão e deixar a
igreja de Cristo? Pensemos no amor que Jesus Cristo tem por sua Igreja: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a
igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5.25).
É
compreensível que alguém que não conheça
a Jesus Cristo despreze a Igreja ou a até a persiga; porém, como pode alguém
que conhece a Cristo e é seu discípulo não amar a Igreja, ao ponto de desprezar
e abandoná-la?
Como pode um
discípulo de Jesus Cristo permanecer na Igreja e não se importar com a pureza
da Igreja (2 Coríntios 11.2), e em que ela permaneça na verdade (2 João 4; 3
João 4)? Como pode alguém que “anda” todos os dias com Jesus, ver a frieza ou
infidelidade da Igreja para com o seu Salvador e Esposo, e não chorar, como
Jesus Cristo chorou por Jerusalém (Lucas 19.41-42)? A presente ausência de
sofrimento, lágrimas e oração em favor da Igreja somente pode ser atribuída ao fato
de que muitos cristãos estejam muito ocupados com seu sucesso profissional,
ganhar dinheiro e desfrutar das novidades e confortos que o dinheiro pode
comprar, para andar com Cristo, e conhecer seus pensamentos, palavras e obras.
O discípulo de
Cristo ama a sua igreja, a sua congregação local, mas ama tambem a Igreja como
a totalidade das congregações na Terra, e trabalha e luta pela pureza da Igreja.
Entretanto, quanto as congregações que insistem em permanecer no caminho da
apostasia, a fim de que outras congregações e crentes individualmente não sejam
confundidos e contaminados pela apostasia, o discípulo, também como o seu Senhor,manifesta
“a quem tenha ouvidos para ouvir” a sua reprovação a infidelidade (Apocalipse
2.4-7).
Quem conhece a
Cristo sabe do infinito amor de Cristo por sua noiva, a Igreja, e que Cristo não
abandona a sua esposa, pela qual morreu e, comprando-a com o seu próprio
sangue, e depois ressuscitou. O discípulo de Cristo sabe que, mesmo após a
ascensão de Jesus Cristo aos Céus, como o corpo está unido à sua cabeça, Jesus
Cristo, mediante o Espírito Santo, permanece unido e governa a sua Igreja, até
ao dia de Sua volta, para de novo e permanentemente estar física e visivelmente
com a sua amada Igreja. Portanto, quem conhece a Cristo sabe que abandonar a
Igreja de Cristo é abandonar o próprio Cristo.
Cristo Glorificado
no Universo
Mencionamos que o
Reino de Cristo esta em "fase de conquista"; isto é, conquista dos
que ainda estão para se tornar membros da Igreja, cidadãos do Reino de Cristo.
Esta conquista se dá pela pregação do Evangelho, a pregação de Jesus Cristo
como o Rei Eterno, o único sacerdote de Deus para a salvação dos pecadores que,
no exercício de seus atributos sacerdotais, cumpriu perfeitamente a justiça de
Deus e morreu em lugar de todos os pecadores que foram, são e serão perdoados,
reconciliados com Deus, para se tornarem cidadaos do Reino eterno (Romanos
4.25-5.1).
Os que conhecem a
Cristo, isto é, os seus discípulos, são inconformados com a ilusão dos reinos
dos homens, inconformados com suas mentiras, injustiças e fracassos; eles sabem
que há um poder maligno oculto por trás da temporária aparência de sucesso dos
reinos deste mundo.
Escondidos atrás do
aparente sucesso dos reinos dos homens está o ódio do "principe do
mal", o poder sedutor e escravizador
do pecado, e o poder destruidor da morte (Efésios 2.1-3). Os que
conheceram poder libertador de Jesus Cristo (Efésios 2.4-5), querem estender
este conhecimento a todas as pessoas, querem também vê-las livres do mal, do
engano, da escravidão e da morte.
Os discipulos de Cristo
teem a mesma compaixão de Cristo pelos que estão sob o poder do "império
das trevas", não importa qual seja a nacionalidade, religião, situação
social ou condição moral. E fácil ser cristão e esquecer as multidões que estão
no reino que está perecendo; porém, é impossivel andar com Jesus, dia após dia,
ser Seu discípulo e, por isso conhecer, suas obras, suas palavras e até os seus
pensamentos, revelados em sua Palavra, e não se envolver e atirar na
evangelização dos homens e mulheres, jovens e crianças, e neste trabalho e luta
permanecer até ouvir do Mestre: "Muito bem ... servo bom fiel; entra no
gozo do seu Senhor" (Mateus 25.21,23).
Os que realmente
conhecem a Cristo são discipulos e servos de Cristo. Estes querem ver a glória
de Deus revelada em Cristo Jesus manifestado-se ao mundo na salvação dos
pecadores, na edificação da Igreja, e em
suas próprias vidas, de modo que Ele (Cristo) neles cresça, e eles mesmos
desapareçam (João 3.30), encobertos pela glória de Cristo.
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