Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Thursday 26 May 2011

Para Onde Caminha a Humanidade?

Desde que a teoria da evolução ganhou status de axioma (verdade indiscutível) no meio acadêmico, alguns valores milenares têm sido questionados e considerados desde inaplicáveis até nocivos ao indivíduo e à sociedade. Entretanto, estes valores milenares foram formados por três importantes fatores: a observação (estudo) da natureza, o exercício da razão (consciência) e a aplicação da fé.

Não podemos ignorar a importância do conteúdo da Bíblia na formação desses referidos valores milenares, hoje questionados. A própria Bíblia se nos apresenta como o registro escrito da revelação de Deus, que é o conteúdo da fé que contribuiu na formação dos valores encontrados na história, cultura e religião dos povos. O primeiro livro da Bíblia (Gênesis) se refere a uma longa era em que a revelação ou palavra de Deus não era preservada e comunicada de forma escrita, e foi nesse período que ela deixou marcas em todos os povos, até naqueles que jamais vieram a reconhecer a Bíblia como Palavra de Deus. Deste período de preservação e comunicação oral da Palavra de Deus, posteriormente apropriado pelo livro de Gênesis, destacam-se três conhecimentos básicos sobre o ser de Deus: Ele é o Senhor porque é o Criador; Ele é justo e odeia a maldade; Ele é gracioso e perdoador. É também deste período da revelação oral que procedem valores milenares da humanidade como o casamento entre um homem e uma mulher e o respeito à vida humana como criatura que é conforme a imagem e semelhança de Deus.

Uma significativa qualidade da revelação ou Palavra de Deus desde os tempos que antecedem a Bíblia (a forma escrita da Palavra de Deus), é que ela está em harmonia com a natureza e com a razão. E isto faz muito sentido, afinal a palavra de Deus não pode estar em contradição com a natureza que é criação de Deus e a razão que é o pensamento de Deus.

O homem sempre achou que podia ignorar a revelação de Deus, isto não é novidade. Porém, hoje ele pensa que também pode ir contra a razão e contra a natureza; porém, poucos têm pensado sobre os possíveis resultados da manipulação da razão e da natureza.

A mais antiga tentativa de manipulação humana do casamento é a poligamia; hoje, artificialmente, se dá o nome de casamento à união entre pessoas do mesmo sexo, e ainda se dá a estas uniões o direito de adotar crianças, tirando destas o direito natural de serem criados por um pai (homem) e uma mãe (mulher). Antigamente pensava-se que a prostituição era degradante, hoje alguns pensam que é trabalho. Antigamente, para se conter o avanço da violência se estabeleceu até a pena de morte; hoje legaliza-se até o assassinato de crianças ainda no ventre materno.

É desconcertante, mas na era em que se proclama o maior salto da ciência, a humanidade na verdade está se precipitando no mais profundo abismo existencial. Refletindo esta tendência irracional, hoje há também alguns ativistas dos direitos animais que estão engajados em uma espécie de nivelamento entre os homens e os animais. Por exemplo tem sido sugerido que adotemos nomes mais dignos e respeitosos como: “companheiro animal” ao invés de “animal de estimação”, animais “de vida livre” em lugar de “animais selvagens”, “seres diferenciados” ou “animais não-humanos” ao invés de simplesmente “animais” (National Post, 10 de maio de 2011). Tudo isto nos leva a perguntar: para onde caminha a humanidade? Evidentemente, para um processo de desumanização (nivelamento com os animais que não podem estudar a natureza, nem exercer a razão), ao contrário do que se esperaria em virtude do progresso da ciência. Porém, esta degradação foi claramente antecipada na Palavra de Deus (Rm 1.18-32).
Muitos pensam que a ciência progrediu tanto que tornou ridícula a fé bíblica; mas não percebem que é esta forma de progresso desordenado ou desequilibrado da ciência associado ao desrespeito às regras da natureza, ao abandona da razão em favor de uma relatividade ética e moral e à deliberada ignorância da revelação de Deus que têem conduzido o ser humano a uma grande crise de identidade, propósito e valor.

O homem precisa voltar a respeitar as normas da natureza que não criou, mas encontrou pronta; a humanidade precida voltar a valorizar a razão, reconhecendo a importância do certo e errado, falso e verdadeiro, mesmo quando esta definição é difícil. Precisamos considerar seriamente o que diz a revelação ou a Palavra de Deus; pois ela resgata ao homem o status de imagem e semelhança de Deus, coroa (símbolo de realeza) da criação. É a Palavra de Deus que nos revela que por Jesus Cristo nós somos reconciliados com Deus (Rm 5.1), e que em Jesus Cristo somos feitos “filhos de Deus” (Rm 8.16-17).

No comments:

Post a Comment