Recentemente, foi
atribuída ao ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardozo, a declaração
de que “Lula (outro ex-presidente do Brasil) era como um Cristo. Eles fizeram
dele um deus”. Provavelmente, é somente isto o que o ex-presidente, Fernando
Henrique, pense a respeito de Jesus Cristo, que seria um deus criado pelo povo.
Sim, pelo povo, porque não basta que haja a intenção de uns poucos interessados
em criar um deus ou mito; se uma expressiva quantidade de pessoas não “comprar”
a idéia, qualquer iniciativa ou plano de criar um deus certamente fracassará.
Até um deus criado exerce
poder, ou é um instrumento de exercer poder; e, exercer poder é uma forma ou
meio de enriquecimento. Por exemplo, os ídolos (deuses) da música, esporte e
cinema são indivíduos poderosos e ricos. Eles reunem em torno de si mesmos
seguidores, fans ou, por que não dizer, adoradores que estão dispostos a pagar,
e pagar caro, para ouvir e ver seus ídolos. Politicos e religiosos também podem
ser transformados em mitos.
Um deus (ídolo) tem
poder de atração sobre multidões, tem grande poder de influenciar com suas
atitudes e palavras, ou atitudes e palavras que lhe são atribuídas. Por isso,
um deus tem grande poder político e social, e também poder de arrecadação, de
ajuntar ou fazer dinheiro, muito dinheiro. A arrecadação pode ser por meio de
impostos, doações, ou pela venda de objetos e serviços que possibilitam o culto
do ídolo.
Em alguns casos, o
deus criado não usufrui do dinheiro arrecadado em seu nome. Este é o caso dos
deuses religiosos que são uma idéia ou imagem; porém, os que propagam ou promovem
a idéia ou imagem divinizada podem ganhar e usufruir do dinheiro arrecadado. Se
o ídolo é alguém que já morreu, também não ganha nada; se ele estiver vivo,
pode ganhar muito, especialmente na proporção em que ele mesmo gerencia o seu próprio
culto.
A pergunta que
queremos considerar aquí é a seguinte: pode ser Jesus Cristo um “deus criado”,
cujo culto sobrevive por causa da riqueza que ele pode produzir?
Não podemos pensar
em Jesus Cristo sem a Bíblia; aliás, um Jesus ou Cristo dissociado da Bíblia é
uma idéia vaga e subjetiva. O Jesus Cristo da Bíblia é o Jesus da História.
Esta não é História Geral das Civilizações, mas a História da Redenção, traçada
na Bíblia. A Bíblia é uma coleção de livros, chamados “sagrados” por ser o
produto final de uma singular cooperação entre Deus e o homem, mas presida por
Deus (2 Pedro 1.16-21). Através da Bíblia, o Deus eterno, infinito e invisível
se comunica com a humanidade, usando instrumentos e linguagem humanos, em um
processo historiografado, e com um propósito redentivo.
Nesta Historiografia
Redentiva que é a Bíblia, Deus começa sua comunicação com a humanidade
revelando o que é aresposta a duas das mais universais questões: a orígem do
universo e a orígem do homem. Deus criou o universo, e tudo o que nele há,
inclusive o homem, que foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.27),
apto para um relacionamento inteligente, afetivo, moral e responsável com Deus,
e o próximo. Imediatamente após referir-se à orígem do universo e do homem,
Deus revela orígem do mal presente no universo: a quebra da confiança e do
relacionamento do homem com Deus (Gênesis 2.15-16; 3.1-24). O envolvimento com o
mal é uma escolha da criatura; Deus não tem prazer, mas odeia o mal.
Entretanto, o limite espacial e temporal do mal está sob o absoluto controle de
Deus (Isaías 45.5-12).
É exatamente neste
contexto da revelação das orígens do universo, do homem e do mal que Deus
revela o princípio da Redenção, que é o assunto central e dominante da Bíblia.
Não é sem uma especial razão que o primeiro livro da Bíblia chama-se Gênesis,
que significa “orígens” ou “começo” – começo do universo, da humanidade, do
mal, e da redenção.
No começo, não
obstante sua habilidade para entender sua grande responsabilidade, e exercer
perfeitamente sua função como príncipe ou cabeça da humanidade, e o gerenciamento
da Criação (Eclesiastes 7.29), o primeiro homem falhou. Adão falhou porque, não
se contentando com o grande privilégio de poder explorar e conhecer a vastidão
da Criação, e subestimando o relacionamento com Deus que o permitiria avançar
no infinito conhecimento de Deus, desejou ou preferiu o conhecimento do mal.
Conhecendo o mal, e
sendo radicalmente corrompido por tal conhecimento, o homem e toda a sua geração
transtornaram o seu universo (Gênesis 6.5-6). Na Bíblia, Deus também revela que
o interesse do homem no conhecimento que inclui também o mal, foi estimulado
por uma outra criatura de Deus, associada à serpente (Gênesis 3.1-5). Esta
Serpente que instigou o homem à busca do conhecimento do mal, não é uma serpente
comum da Terra, é um espírito que, como o homem é moralmente responsável
perante Deus, e que, como o homem, também preferiu o conhecimento do mal, ao
conhecimento de Deus e de suas obras. Este espírito é também chamado de
Satanás, Dragão, Diabo (Apocalipse 20.2), Malígno (1 João 5.19), o qual usurpou
o lugar do homem, e se tornou o maligno “principe deste mundo” (João 14.30).
Ao anuir com a
Serpente e, na atitude simbólica de comer o fruto da “árvore do conhecimento do
bem e do mal”, rompendo a confiança, obediência e relacionamento com Deus, o
homem entregou a Satanás o domínio de seu universo. Então, Deus imediatamente
anunciou e iniciou a Redenção das gerações do homem, e da Criação em geral, mencionando
um segundo homem, “o descendente da mulher”, que, ao contrário do primeiro
homem, não poderia ser jamais vencido pela Serpente, mas lhe esmagaria a cabeça
(Gênesis 3.15; Mateus 4.1-11).
Este “descendente da
mulher”, o apóstolo Paulo chama de “segundo Adão” e de “último Adão” (1
Coríntios 15.45-47). Ele é chamado o “segundo” e o “último” Adão porque veio
para vencer e expulsar o príncipe que usurpou o trono da Criação e, em parte a
governa (João 12.31), e para libertar o homem e suas gerações do poder
corruptivo, escravizante, condenatório e mortal do conhecimento experimental ou
prático do mal (Romanos 6.4-14); o que a Bíblia também chama de pecado (Romanos
5.12).
O nascimento do
“descendente da mulher” é o assunto central da Bíblia, é a grande promessa de
Deus na Bíblia, repetida através da História da Redenção até o seu cumprimento.
Ele é anunciado como o Salvador ou Redentor, como o Profeta, o Sacerdote, e o
Rei. Seu título mais compreensivo é Messias ou Cristo.
Jesus é o Cristo, o Messias, ele é o centro da Bíblia.
Parte da Bíblia, chamada Antigo Testamento, é uma meticulosa preparação para o
nascimento do prometido Messias, ou Cristo; a fim de que quando Ele enfim
chegasse fosse identificado de modo inconfundível. De modo progressivo e
cumulativo o Antigo Testamento vai distinguindo o “descendente da mulher” (Gênesis
3.15), Ele:
§ Será um descendente de Abraão (Gênesis 12.1-7; Gálatas
3.16),
§ Nascerá da tribo de Judá (Gênesis 49.10),
§ Será um profeta, maior que Moisés (Deuteronômio 18.15-19),
§ Será um sacerdote maior que Melquisedeque (Salmos
110.1-4; Hebreus 5.5-6),
§ Será um Rei, descendente de Daví, porém também
superior a Daví (Isaías 9.6-7; Jeremias 33.14-22; Ezequiel 34.23-24),
§ Sua concepção será extraordinária (Isaías 7.14; Mateus
1.18-23), porque embora seja verdadeiramente homem, ele é Deus encarnado (João
1.1-14),
§ Nascerá na cidade de Belém, mas é eterno (Miquéias 5.2),
§ Será rejeitado e sofrerá por causa dos pecados dos
homens, e por fim ressuscitará (Isaías 53).
A segunda parte da
Bíblia, chamada Novo Testamento, é o testemunho
do cumprimento da promessa de Deus, quanto ao poderoso “descendente da
mulher”, o segundo e último Adão, o Adão que não poderia falhar, jamais
falharia, o Adão que, enfim, expiou os pecados dos homens e mulheres que querem
a reconciliação com Deus, venceu a morte, venceu a Serpente, e assumiu pleno
poder e autoridade sobre toda a Criação (Filipenses 2.5-11; Hebreus 1.1-4), até
que destrua todos os poderes que ainda agem na contra-mão da obra da Redenção
(1 Coríntios 15.20-28; 50-57), e redima todos os os que reinarão com Ele, em
Novos Céus e Nova Terra (Mateus 24.12-14, 21-22; Apocalipse 6.11).
Jesus Cristo é anunciado
pela Bíblia muito antes de seu nascimento. Somente o Jesus nascido da virgem
Maria, também chamado Jesus de Nazaré se encaixa perfeitamente no perfil
bíblico ou profético do Messias.
Jesus foi
publicamente declarado como o Cristo, pelo profeta João Batista (Lucas 3.15-17); Jesus também declarou-se o Cristo (Marcos 14.60-62); e o apóstolo Pedro,
representado os demais apóstolos, confessou ser Jesus o Cristo (Mateus 16.13-17).
O Cristo é Deus encarnado, Deus em natureza humana (João 1.1-3,14). Jesus
Cristo afirmou e deu provas que falava a verdade (Mateus 11.2-6).
A prova final de que
Jesus é o Cristo, Deus encarnado, para salvar ou redimir homem, foi sua
ressurreição, devidamente testemunhada, incontestada (Atos 2.22-36; 1 Corintios
15.1-8).
Jesus Cristo não é
um deus criado pelo homem; Ele é Deus encarnado, em forma, semelhança, ou
natureza humana. O único e glorioso Deus é um Ser Triúno (Mateus 28.19), o Pai
Eterno, o Filho Eterno, e o Epírito Eterno. Jesus Cristo é o Filho, quem tem a
prerrogativa de conceder ao homem a vida eterna (João 1.1-4; 3.16; 6.33-35;
8.12; 11.25-27), o prometido Redentor, absolutamente capaz para salvar todo
aquele que simplesmente nÊle crê (Atos 4.12; 16.30-31).
Existem muitos
deuses criados pelo homem; não subestime Jesus entre os deuses criados pelos
homens. Não despreze a oportunidade de conhecê-lo, na única fonte de seu
conhecimento, a História da Redenção, a Escritura Sagrada, a Bíblia.
Não permita que as
diferentes versões de um Jesus ou Cristo do business religioso o distraiam,
decepcionem e façam você desistir de conhecer o Jesus da História, o Jesus da
Bíblia, que morreu, mas também ressuscitou, está reinando nos céus, enviou,
conforme prometera, o Espírito Santo, que nos regenera e vive em nós para
sempre, estabelecendo uma íntima e eterna comunhão com Deus.
Não se impressione
com o mal uso da ciência que alguns ateus fazem para afastar as pessoas da
busca e do encontro com Deus. Faça você a sua própria busca, leia a História de
Jesus, leia as próprias palavras de Jesus Cristo. Tire você mesmo as suas
conclusões; não permita que os “deuses” da intelectualidade e da comunicação
decidam por você.
Queira o
conhecimento de Deus; busque o conhecimento de Deus, ore (peça a Deus) pelo
conhecimento de Deus. Deus o ouvirá; porque Ele é Deus. Então, leia a Bíblia, o
livro que Deus escreveu, com a participação de alguns homens o livro da
Salvação, o livro do Salvador, Jesus Cristo.
Se você tiver alguma
pergunta, ou desejar aprofundar mais em algum assunto mencionado, faça contato
pelo blog, facebook, ou pelo email: jlbarrosdes@gmail.com
Se você desejar conhecer Jesus Cristo mais profundamente, através da Bíblia, visite www.findlifemeaning.com
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