A Bíblia é um
conjunto de documentos (Livros) que têem por objetivo demonstrar que o Deus Criador passou a ser também o
Redentor da Criação. Conforme a Bíblia, a infelicidade humana não é uma simples
condição natural, mas consequência da quebra do relacionamento entre o homem e
o seu Criador – Deus.
Conforme a Bíblia, o
homem desejou autonomia ou independência em relação a Deus, desafiou a Lei de
Deus, o Criador, o que a Bíblia chama de pecado ou trangressão de Lei de Deus (1
João 3.4). Quebrada a relação do homem com Deus, o homem também perdeu a
vontade absoluta e a habilidade para viver bem ( em harmonia) com o Criador, com o seu semelhante (outros
seres humanos) e a criação em geral.
A Bíblia é a Palavra
ou Revelação de Deus ao homem, dando ao homem o conhecimento de que o Criador
passou a agir como Redentor, para trazer toda a Criação de volta ao propósito original
do Criador.
Deus criou os “céus
e a terra” (Gênesis 1.1) para serem governados pelo homem, em submissão e
acordo com Deus – o Criador (Gênesis 1.26-27); porém, ao ter quebrada a sua
relação com Deus, o homem perdeu a vontade absoluta e habilidade de se governar,
e de governar a Criação conforme os santos desígnios de Deus.
O homem, como
criatura feita à imagem e semelhança de Deus, continua sob a responsabilidade
de viver em harmonia e governar bem a Criação, os céus e a terra; entretanto
sua vontade está dividida entre a vontade racional e a vontade pessoal; esta
corrompida pela quebra do relacionamento com Deus, e sua inconformação com o
propósito e lei de Deus.
O homem está sempre
tentando dominar a Criação para o seu próprio (particular, egoístico) benefício,
não como servo, não ministro de Deus na Criação, mas usurpando o lugar de Deus,
colocando-se no centro da Criação. Porém ao ignorar as características e
propósitos da Criação, o interesse ou bem do seu próximo e a soberania de Deus,
cada progresso que o homem alcança se torna em uma ameaça maior à Criação em
geral. A ciência e a educação antropocêntricas jamais levarão o homem a atingir
uma era áurea de justiça, paz e prosperidade permanentes.
A Bíblia é um
conjunto de documentos (como já afirmado) que demonstra que Deus está mais
interessado que o próprio homem, absolutamente determinado em redimir a sua
Criação. E para redimir (salvar) a Criação, Deus tem que intervir, Deus tem que
restaurar o relacionamento com o homem, relacionamento que fora quebrado.
A Bíblia demonstra,
através de uma sucessão de documentos históricos, escritos (é óbvio) por homens,
homens escolhidos e chamados por Deus para testificar os atos e mensagens
(palavras) redentivas de Deus, à humanidade (1 Pedro 1.6-12; 2 Pedro 1.16-21).
A Bíblia registra
vários atos redentivos de Deus, desde a salvação de indivíduos, famílias e
nações. Entretanto, o ato redentivo central de Deus é absolutamente
surpreedente e inimaginável a homem, mas
também, cuidadosamente antecipado, delineado na Bíblia.
A ação redentiva
central de Deus é sua própria encarnação, a encarnação do eterno Filho de Deus
(pois Deus é um ser único, mas triúno – o Pai, o Filho e o Espírito Santo), a
vinda do Cristo, antecipado, promentido; conforme cuidadosamente documentam as
Escrituras Sagradas, a Bíblia.
Todas as ações
redentivas de Deus no passado, as do presente, e todas que ainda possam
acontecer, dependem completamente da encarnação de Jesus Cristo, a vinda do
prometido Salvador.
É por isto que Jesus
é centro da Bíblia, a Bíblia deve ser interpretada a partir deste que é o seu
fundamental desíginio – revelar como Deus redime a Criação através de Jesus
Cristo.
A proposta (proposição)
da fé ou confiança em Jesus Cristo, não é um chamado à confiança em uma
experiência religiosa isolada e subjetiva, é um chamado ao exame da História da
Redenção, do registro idôneo da ação redentiva de Deus, testemunhada através da
História, ao longo de milênios.
Não há qualquer
razão para se duvidar da credibilidade e competência dos que escreveram os
documentos que formam a Bíblia. Apesar da diversidade pessoal e cultural, é
impressionante a unanimidade dos autores da Bíblia, quanto a revelação dos
atributos de Deus e de seus propósitos redentivos. Outro impressionante aspecto
das Escrituras Sagradas é a sua progressividade e consistência na comunicação
dos propósitos redentivos de Deus, que culminam na vinda do glorioso Messias,
ou Cristo.
A Bíblia não trata,
como muitos supõem, do meio de nos aproximamos de Deus, ou de como vivemos de
modo agradável a Deus. A Bíblia é totalmente voltada a nos revelar como o Deus Santo
se aproxima de nós, pecadores, isto é, através do Cristo prometido, Jesus.
Até a razão,
especialmente na medida em que é santificada pelo relacionamento com Deus, é
capaz de nos indicar como podemos agradar ao Deus Justo e Santo; pois a Lei
está impressa na mente humana (Romanos 2.15). Porém, sem a Bíblia o homem fica
completamente sem pistas sobre como ele pode se aproximar de Deus. A Bíblia nos
revela que nossas boas obras não
compensam os nossos pecados (Isaías 64.6; Tiago 2.10). A Bíblia nos
esclarece que somente o sangue de Jesus Cristo, cobre (apaga) os nossos pecados
(1 João 1.5-2.1), e somente as suas obras são suficientemente boas para os
padrões da Justiça divina (1 Pedro 2.21-22).
A Bíblia é Palavra
de Deus quanto a redenção do homem e da Criação, por meio de Jesus Cristo. Não seja omisso, nem
preconceituoso; examine a Bíblia. A redenção da Criação depende do conhecimento
que somente ela proporciona. A sua redenção depende do conhecimento e fé em
Jesus Cristo.
“E tudo isso provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós
a palavra da reconciliação. De sorte que somos
embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que
vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu
pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
(2 Coríntios 5.18-21)
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