Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria

Saturday 7 March 2015

Sobre o que é a Bíblia?

A Bíblia é um conjunto de documentos (Livros) que têem por objetivo demonstrar  que o Deus Criador passou a ser também o Redentor da Criação. Conforme a Bíblia, a infelicidade humana não é uma simples condição natural, mas consequência da quebra do relacionamento entre o homem e o seu Criador – Deus.

Conforme a Bíblia, o homem desejou autonomia ou independência em relação a Deus, desafiou a Lei de Deus, o Criador, o que a Bíblia chama de pecado ou trangressão de Lei de Deus (1 João 3.4). Quebrada a relação do homem com Deus, o homem também perdeu a vontade absoluta e a habilidade para viver bem ( em harmonia)  com o Criador, com o seu semelhante (outros seres humanos) e a criação em geral.

A Bíblia é a Palavra ou Revelação de Deus ao homem, dando ao homem o conhecimento de que o Criador passou a agir como Redentor, para trazer toda a Criação de volta ao propósito original do Criador.

Deus criou os “céus e a terra” (Gênesis 1.1) para serem governados pelo homem, em submissão e acordo com Deus – o Criador (Gênesis 1.26-27); porém, ao ter quebrada a sua relação com Deus, o homem perdeu a vontade absoluta e habilidade de se governar, e de governar a Criação conforme os santos desígnios de Deus.

O homem, como criatura feita à imagem e semelhança de Deus, continua sob a responsabilidade de viver em harmonia e governar bem a Criação, os céus e a terra; entretanto sua vontade está dividida entre a vontade racional e a vontade pessoal; esta corrompida pela quebra do relacionamento com Deus, e sua inconformação com o propósito e lei de Deus.

O homem está sempre tentando dominar a Criação para o seu próprio (particular, egoístico) benefício, não como servo, não ministro de Deus na Criação, mas usurpando o lugar de Deus, colocando-se no centro da Criação. Porém ao ignorar as características e propósitos da Criação, o interesse ou bem do seu próximo e a soberania de Deus, cada progresso que o homem alcança se torna em uma ameaça maior à Criação em geral. A ciência e a educação antropocêntricas jamais levarão o homem a atingir uma era áurea de justiça, paz e prosperidade permanentes.

A Bíblia é um conjunto de documentos (como já afirmado) que demonstra que Deus está mais interessado que o próprio homem, absolutamente determinado em redimir a sua Criação. E para redimir (salvar) a Criação, Deus tem que intervir, Deus tem que restaurar o relacionamento com o homem, relacionamento que fora quebrado.

A Bíblia demonstra, através de uma sucessão de documentos históricos, escritos (é óbvio) por homens, homens escolhidos e chamados por Deus para testificar os atos e mensagens (palavras) redentivas de Deus, à humanidade (1 Pedro 1.6-12; 2 Pedro 1.16-21).

A Bíblia registra vários atos redentivos de Deus, desde a salvação de indivíduos, famílias e nações. Entretanto, o ato redentivo central de Deus é absolutamente surpreedente e inimaginável a homem, mas também, cuidadosamente antecipado, delineado na Bíblia.

A ação redentiva central de Deus é sua própria encarnação, a encarnação do eterno Filho de Deus (pois Deus é um ser único, mas triúno – o Pai, o Filho e o Espírito Santo), a vinda do Cristo, antecipado, promentido; conforme cuidadosamente documentam as Escrituras Sagradas, a Bíblia.

Todas as ações redentivas de Deus no passado, as do presente, e todas que ainda possam acontecer, dependem completamente da encarnação de Jesus Cristo, a vinda do prometido Salvador.

É por isto que Jesus é centro da Bíblia, a Bíblia deve ser interpretada a partir deste que é o seu fundamental desíginio – revelar como Deus redime a Criação através de Jesus Cristo.

A proposta (proposição) da fé ou confiança em Jesus Cristo, não é um chamado à confiança em uma experiência religiosa isolada e subjetiva, é um chamado ao exame da História da Redenção, do registro idôneo da ação redentiva de Deus, testemunhada através da História, ao longo de milênios.

Não há qualquer razão para se duvidar da credibilidade e competência dos que escreveram os documentos que formam a Bíblia. Apesar da diversidade pessoal e cultural, é impressionante a unanimidade dos autores da Bíblia, quanto a revelação dos atributos de Deus e de seus propósitos redentivos. Outro impressionante aspecto das Escrituras Sagradas é a sua progressividade e consistência na comunicação dos propósitos redentivos de Deus, que culminam na vinda do glorioso Messias, ou Cristo.

A Bíblia não trata, como muitos supõem, do meio de nos aproximamos de Deus, ou de como vivemos de modo agradável a Deus. A Bíblia é totalmente voltada a nos revelar como o Deus Santo se aproxima de nós, pecadores, isto é, através do Cristo prometido, Jesus.

Até a razão, especialmente na medida em que é santificada pelo relacionamento com Deus, é capaz de nos indicar como podemos agradar ao Deus Justo e Santo; pois a Lei está impressa na mente humana (Romanos 2.15). Porém, sem a Bíblia o homem fica completamente sem pistas sobre como ele pode se aproximar de Deus. A Bíblia nos revela que nossas boas obras não  compensam os nossos pecados (Isaías 64.6; Tiago 2.10). A Bíblia nos esclarece que somente o sangue de Jesus Cristo, cobre (apaga) os nossos pecados (1 João 1.5-2.1), e somente as suas obras são suficientemente boas para os padrões da Justiça divina (1 Pedro 2.21-22).

A Bíblia é Palavra de Deus quanto a redenção do homem e da Criação, por meio de Jesus Cristo. Não seja omisso, nem preconceituoso; examine a Bíblia. A redenção da Criação depende do conhecimento que somente ela proporciona. A sua redenção depende do conhecimento e fé em Jesus Cristo.

“E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5.18-21)

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